sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

É uma questão matemática, sim!

 

O senador Marcelo Castro, na minha opinião, sabe que política não tem um quadro onde só se formule matematicamente, tem muita coisa pra ser discutida. Não é só A, B ou C que vai determinar. O que vai determinar é a condição desses partidos todos. Acredito que o MDB será um grande parceiro. Queremos que esse projeto continue avançando. Falar de A, B ou C é precipitado.  Temos que trabalhar muito pelo povo do Piauí e de Teresina”, disse o vereador petista Dudu ao Jornal do Piauí da TV Cidade Verde sobre as manifestações do senador Marcelo Castro (MDB-PI), um dos nomes que já se apresenta como um dos candidatos à sucessão estadual em 2022.

O vereador petista Dudu, ao questionar a opinião de Marcelo Castro, tenta assumir um protagonismo político que ele não tem, porque ele não é político de grande expressão no seu partido, mas, como o Partido dos Trabalhadores (PT) padece da falta de lideranças de peso estadual ou nacional, quem se preocupa com o futuro do PT tenta traduzir o pensamento do seu partido em nível estadual.

A opinião contrária do senador emedebista Marcelo Castro quanto ao PT querer indicar pelo menos dois nomes numa chapa que só comporta três, faz todo sentido, porque com o PT indicando um nome para o Senado e outro como cabeça de chapa, o MDB ou o PSD vai sobrar.

Se o PT insistir em disputar o governo do estado do Piauí, com candidatura própria, isso poderá comprometer uma possível coligação que reúna num mesmo palanque o PT, MDB e o PSD. A propósito, ou os petistas abrem mão da indicação do candidato à sucessão de Regina Sousa ou o PT caminhará para o cadafalso político.

O PT tem que se desapegar do poder para continuar existindo no estado do Piauí, pois do contrário, o partido de Lula e Wellington Dias terá o mesmo destino do PSDB na capital piauiense. O MDB tem Marcelo e o PSD tem Júlio Cesar Lima para disputar com chance de vitória o governo do Piauí em 2022.

Conhecendo o PT como nós conhecemos é pouco provável que os petistas aceitem abrir mão da indicação do cabeça de chapa, porque o PT já trabalha o nome do secretário de Fazenda, Rafael Fontelles, para disputar o governo em 2022, que nessa época estará sendo ocupado pela vice-governadora Regina Sousa, que substituirá Wellington Dias no comando do governo estadual, uma vez que o atual governador deixará o governo para se candidatar ao Senado.

Convém lembrar, no entanto, que se o PT insistir em querer participar da chapa que irá disputar a sucessão estadual com dois nomes, inviabilizará completamente uma possível coligação com o MDB e o PSD e sozinho o PT cometerá um suicídio político, porque o eleitor piauiense já cansou do PT e não está disposto a eleger um novo petista para governar o estado.

A chapa ideal para vencer o ímpeto e o poder econômico do senador Ciro Nogueira (PP-PI), deverá ser formada por um candidato ao governo do estado que seja do PSD ou MDB e ao PT caberia a indicação do candidato natural ao Senado, na época o ex-governador Wellington Dias. Nesse caso, se o PSD indicar o candidato ao governo, o MDB indicará o candidato a vice ou vice-versa. Aí é que entra a questão matemática: o PT, a não ser que forme uma chapa pura, não pode participar de uma chapa majoritária com dois nomes.  

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