sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Sintonia Fina

 

O mundo civilizado neste momento discute sobre o fim melancólico do governo de Donald Trump, um governo que durante toda sua existência apostou na divisão de um país que lutou bastante pela sua pacificação e pelam manutenção da sua unidade e conseguiu. Valores contra os quais Trump investiu pesadamente para destruí-los e isso tem um preço. Para alguns analistas políticos, Donald Trump cometeu um erro crasso e antipatriótico. Erro crasso é uma palavra suave para um crime de tamanha gravidade. Até mesmo entre apoiadores de Trump, existe um consenso de que Trump incitou os invasores e ele deve assumir toda responsabilidade por esses atos de vandalismo praticados contra Congresso Nacional norte-americano e que durante muito tempo vai ser lembrado como um ato insano, tanto de quem praticou diretamente e os mentores intelectuais dessa insanidade.  

Má influência ou influência negativa

Os admiradores do ainda presidente dos Estados Unidos da América (EUA), devem colocar suas barbas de molho e que deixem de se espelhar num político que o mundo inteiro repudia e que dentro do seu próprio partido ele vem perdendo apoio e tudo sugere que ele ficará a cada dia mais isolado dentro do seu Partido Republicano (PR), por ter se revelado um anti-líder e um líder muito perigoso, capaz de agir irresponsavelmente para manter o poder. Como aconteceu no triste episódio da invasão do Capitólio, o centro do poder legislativo norte-americano, pelos seus seguidores e por ele incitados.   

A reação de líderes europeus contra Donald Trump

Quando Donald Trump assumiu o cargo de presidente dos EUA, há quatro anos, lamentou as divisões na sociedade e criticou o que apelidou de “carnificina americana”.

Esta semana, essa visão algo obscura tornou-se realidade depois do discurso de Trump que levou alguns dos seus apoiadores a um estado de loucura explícita, alimentando-os com teorias da conspiração, tendo uma multidão invadido o Capitólio (sede do Congresso), o coração da democracia norte-americana.

Os líderes europeus reagiram em choque e incredulidade, realçando que Trump não entendeu a natureza de seu trabalho.

Angela Merkel, chanceler da Alemanha: “Uma regra fundamental da democracia é que, depois das eleições, há vencedores e vencidos. Ambos têm que desempenhar seu papel com decência e responsabilidade para que a própria democracia continue vencedora. O presidente Trump lamentavelmente não admitiu a sua derrota desde novembro”.

Emmanuel Macron, presidente da França: "A França está forte, fervorosa e resolutamente ao lado do povo norte-americano e com todas as pessoas que querem livremente escolher os seus líderes e decidir sobre o seu destino e que o fazem através da escolha democrática e livre que são as eleições. Não cederemos em nada à violência de uns poucos que a desafiam”.

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