A vacinação no Brasil neste primeiro momento não passa de atos de representação, de espetáculos que são usados mais como promoção pessoal das autoridades envolvidas nessa “campanha” de vacinação, porque a quantidade de doses adquiridas pelo governo de São Paulo, através do Instituo Butantan e requisitadas pelo ministério da Saúde são insuficientes para atender ao grupo que esse ministério classificou como prioritário. No caso, o grupo dos profissionais da área de saúde.
O país inteiro vive hoje um clima de euforia, de oba, oba, com a compra de apenas seis milhões de doses da vacina chinesa CoronaVac, uma vacina que vinha sendo repudiada pelo presidente Jair Messias Bolsonaro, por ser uma vacina produzida por um regime comunista, como sendo capaz de imunizar 220 milhões de brasileiros. É festa para todo lado e as pessoas vacinadas com uma primeira dose, choram, se emocionam e desempenham muito bem os seus papéis nessa peça montada e dirigida pelo governo federal e os governos estaduais.
A propósito, o dinheiro empregado na compra de bandeiras brasileiras e dos respectivos estados brasileiros daria para adquirir muitas doses dessa vacina chinesa. São tantas as bandeiras que parece que nós estamos vivendo um clima de Copa do Mundo. De repente você sai na rua e vai encontrar um brasileiro fantasiado de patriota. Vestido dos pés à cabeça com as cores, os símbolos nacionais e entoando o hino nacional. Patriotismo fora de época é isso! Já que nós temos carnaval fora de época, patriotismo fora de época nós temos também!
O Brasil visto de perto não é um país sério e incompreensível aos olhos dos povos civilizados. De longe o estrangeiro só vê o lado glamoroso de um país feito de mulatas sambistas, mulheres bundudas, a terra do futebol e o paraíso do turismo sexual. Viva o Brasil!
Por Tomazia Arouche
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