quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

O estado do Piuaí precisa romper com um atraso secular

 

O estado do Piauí, é o estado nordestino que menos se destaca na cena nacional, seja do ponto de vista político, social ou econômico. A quem pode ser atribuído o atraso secular (Falta de progresso; ausência de desenvolvimento social, econômico, intelectual e falta de cultura) a que foi condenado este estado? Aos políticos, naturalmente, porque este estado sempre foi representando por políticos atrasados, com os pés fincados no atraso, no subdesenvolvimento e com complexo de inferioridade.

Não é à toa que o único político piauiense com dimensão nacional, foi o ex-ministro da Justiça, Petrônio Portella, assim mesmo durante o regime militar, num momento em que a capacidade intelectual era menos importante do que a capacidade do servir incondicionalmente. O servidor obediente e sem personalidade própria tinha mais chance de progredir sob esse regime.

Sob esse mesmo regime, o estado do Piauí teve um técnico muito respeitado que foi o economista João Paulo dos Reis Veloso, que chegou a ocupar por dez anos o ministério do Planejamento, mas que na realidade nunca se interessou verdadeiramente pelo crescimento e o desenvolvimento do seu estado. Demonstrando um pouco caso para com o seu estado, que pode ser atribuído ao fato desse economista ter saído muito cedo do seu estado natal e ter perdido o vínculo.

João Paulo dos Reis Veloso foi ministro do Planejamento dos governos militares dos presidentes Emílio Garrastazu Médici e Ernesto Geisel, permanecendo no cargo de 1969 até 1979, no apogeu do Milagre Brasileiro. Mesmo ocupando uma pasta muito importante nos governos militares, João Paulo do Reis Veloso não conseguiu incluir no seu planejamento nenhuma grande obra para o seu estado natal, como por exemplo, a construção de um porto marítimo.

Dizem as más-línguas que o estádio Albertão, um monumento ao desperdício, o governador Alberto Silva só conseguiu os recursos necessários para sua construção, junto ao seu conterrâneo - devido a necessidade que o regime militar tinha para se manter de pé, apelando para o ópio do povo brasileiro, o futebol. Isso atende pelo nome de inversão de prioridades. 

De lá pra cá, o estado do Piauí, nem um templo do futebol no porte do Albertão conseguiu, mesmo o Brasil sendo governado durantes quase 16 anos por governos federais petistas e o estado do Piauí, coincidentemente sendo governado pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Em certo momento, o piauiense acreditou ser uma grande oportunidade essa coincidência de governos para que este estado rompesse com o atraso e o subdesenvolvimento. Ledo engano, porque o estado do Piauí continua padecendo da falta de políticos que se imponham e tenham personalidade suficiente para cobrar e exigir dos das nossas autoridades nacionais o que o Piauí merece como direito.

As áreas em que o estado do Piauí conseguiu atingir um crescimento relativo, educação e da saúde, isso se deve à iniciativa privada.

   

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