quarta-feira, 18 de agosto de 2021

A volta do dragão da inflação

 

Desde o último trimestre de 2020, o que vemos é uma aceleração preocupante da inflação. Ou seja, além de ver sua renda cair ou até mesmo se extinguir, o que o brasileiro tem visto é seu poder de compra definhar cada vez mais.

Porque dragão da inflação? Nos anos 1980, quando a inflação brasileira estava entre as mais altas do mundo, os cartunistas dos jornais ilustravam a alta dos preços como um dragão.

O Brasil, para domar e debelar uma inflação renitente, passou por seis planos econômicos. Começando pelo Plano Cruzado, o Plano Bresser e o Plano Verão, sob o José Sarney, os planos Collor I Collor II, sob o governo Fernando Collor de Mello e por último, o Plano Real do presidente Itamar Franco. Este último o mais bem-sucedido de todos.  

Só com o Plano Real, o Brasil conseguiu vencer realmente uma inflação obstinada que foi a principal responsável pelo fracasso do governo do presidente José Sarney. Da criação do Plano Real em 1994 até os dias de hoje, já foram transcorridos 27 anos e pelo andar da carruagem, o Plano Real que foi vitorioso por mais de duas décadas, está perdendo mais uma batalha para o Dragão da Inflação.

Sob os governos Dilma Rousseff, a ameaça da volta da inflação, voltou a assustar o consumidor brasileiro, mas esses dois governos apelaram para os preços administrados, um conjunto de itens que inclui impostos e taxas (IPVA, IPTU e taxa de água e esgoto, serviços de utilidade pública cujas tarifas são reguladas ou autorizadas pelo poder público por meio de agências reguladoras ou fiscalizadoras: telefonia, energia elétrica, planos de saúde, pedágio e derivados de petróleo, como uma forma de impedir a explosão inflacionária. Nesse caso específico, os preços administrados sob os governos Dilma Rousseff, foram mantidos artificialmente. Os preços foram mantidos reprimidos, ou seja, sem aumentos, porque o governo Dilma Rousseff impedia o reajuste dos preços. E agora, José? 

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