segunda-feira, 4 de julho de 2022

Sintonia Fina

 

O que eu tanto temia acabou acontecendo 

Em vários momentos eu tive a oportunidade de denunciar às condições precárias do transporte escolar que atende a zona rural desta nossa macrorregião. E o que eu temia acabou acontecendo, um acidente com um ônibus escolar que acabou provocando a amputação da perna de um garoto de 9 anos no município de Dirceu Arcoverde.

“Um garoto de 9 anos teve que amputar a perna devido a um grave acidente com um ônibus escolar, na cidade de Dirceu Arcoverde, no Sul do Piauí. Segundo a mãe do menino, no momento do acidente não havia nenhum monitor escolar para orientar as crianças.

De acordo com a mãe da criança, Roneide Oliveira, o acidente aconteceu na quinta-feira (23). Ela conta que as crianças estavam em um ônibus escolar de péssimas condições, sem os vidros, sustentado apenas com papelões, quando a criança se desequilibrou e caiu da janela do veículo.

Ela diz que o menino foi projetado para fora do ônibus e um dos pneus traseiros passou sobre a perna e a esmagou. A mãe conta também que ficou sabendo do acidente, mas quando foi procurar o menino ele já havia sido transferido para a cidade de São Raimundo Nonato. ”

Como se caracteriza as condições precárias de um ônibus escolar? D acordo com a legislação, a idade limite é de dez anos para vans e similares, de 15 anos para microônibus e de 25 anos para ônibus. Todos os veículos beneficiados com a extensão provisória da vida útil deverão passar por inspeções quadrimestrais. Em seguida vem as condições dos pneus que via de regra, são pneus em péssimas condições, pneus carecas como se convencionou chamar os pneus recauchutados. Não é incomum numa inspeção de veículos escolares os fiscais se depararem com condutores dos veículos sem habilitação e sem um monitor no ônibus, uma pessoa que orienta ou toma conta de um grupo de crianças ou alunos. Nesse caso do menino Roneide Oliveira, cabe uma denúncia ao Ministério Público Federal (MPF) para investigar e responsabilizar os culpados.

A propósito:

Por oportuno eu volto a um assunto que também já foi tema dos textos escritos por mim e lidos aqui neste espaço; que é o transporte de crianças em motos sobre o tanque de combustível, sem nenhum tipo de proteção. Transportar crianças em motocicletas sobre o tanque de combustível representa um grande risco de morte para a criança, caso ocorra um acidente, porque a criança sem nenhum tipo de proteção, até mesmo uma freada brusca poderá projetá-la para a frente e a criança ao cair quebrar o pescoço ou qualquer outro órgão. Eu até entendo a necessidade de as pessoas conduzirem suas crianças de maneira arriscada. Agora, o pai ou a mãe ao apelarem para esse meio de transporte, devem redobrar os seus cuidados. 

O pedestre tem que caminhar em segurança

Calçadas e calçamentos irregulares representam um sério risco aos idosos e as pessoas com dificuldade de locomoção que se deslocam pelas ruas da sede do município de São Raimundo Nonato.

Caminhar é um meio de locomoção muito comum e importante para a população em qualquer lugar. Caracteriza-se por estímulo ao meio ambiente sustentável, à saúde e à autonomia de mobilidade, alicerçada no direito fundamental de ir e vir (artigo 5º, inciso XV, da Constituição Federal).

Porém, deslocar-se a pé no meio urbano nem sempre é uma tarefa fácil e segura, principalmente quanto à qualidade dos espaços reservados ao trânsito de pedestres. Nas ruas da cidade de São Raimundo Nonato, por exemplo, ressalvando-se algumas exceções, percebe-se a falta de uniformidade e nivelamento nas calçadas e na pavimentação.

O Código de Trânsito Brasileiro, conforme parágrafos do seu artigo 1º, considera como trânsito a utilização das vias também por pessoas para fins de circulação, sendo este um direito de todos. Bem como estabelece, como dever dos órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, assegurar esse direito, sob pena de responsabilidade objetiva pelos “danos causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na execução e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito de trânsito seguro”.

O país da licenciosidade consentida

A licenciosidade é um costume, a conduta de uma pessoa que se entrega imoderadamente a sensualidade, aos prazeres sexuais; a prática do libertino que vem a ser a corrupção, a deturpação, a degenerescência, a degradação, a depravação e a vileza. O país que vivemos é marcado por esse tipo de comportamento do andar de cima, das nossas maiores autoridades, que não pensam o país como uma nação decente, mas, como um lugar onde tudo é permitido, desde a corrupção de valores, até o enriquecimento sem nenhum esforço.

Pensamento do dia

Sou refém do acaso e tudo é determinado por ele. Costumamos ouvir que nós temos um destino traçado. Isso não existe, pois tudo é determinado pelo acaso, por um acontecimento casual, por uma intercorrência”. (Tomazia Arouche)  

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