Um Petrolão suprapartidário

“E agora, José? Está sem mulher, está sem carinho, está sem discurso, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode”. ( Carlos Drummond de Andrade), 

Com o envolvimento de tucanos e socialistas no escândalo do Petrolão, como a imprensa nacional alcunhou o rumoroso escândalo da Petrobras que começou com o caso da Refinaria de Pasadena, o escândalo da Petrobras se transformou num escândalo suprapartidário.

Em depoimento do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, em novembro. Ele sustentou ter repassado, também em 2010, R$ 1 milhão para  Anastasia, na época candidato à reeleição ao governo mineiro. Na versão desse policial federal afastado da suas funções, a entrega foi determinada pelo doleiro Alberto Youssef e teria ocorrido numa casa, em Belo Horizonte.

Ainda no início da campanha eleitoral para presidente da república, o ex-governador do estado de Pernambuco, Eduardo Campos também foi acusado pelo doleiro Alberto Yousseff de participar do esquema da propina, assim com o ex-presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, ambos já falecidos.

O PSDB que usou um tom moderado para defender o seu ex-presidente nacional, no caso da recente denuncia contra o atual senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), elevou o tom alguns decibéis acima, porque essa acusação surge num momento excepcional, quando a oposição ameaça encurralar o Partido dos Trabalhadores (PT), a presidenta da empresa estatal Petrobras Graça Foster e a própria presidenta Dilma Rousseff que se não pecou pro prevaricação, pecou por omissão nesse escândalo ‘monumental’ que tem se revelado esse imbróglio da Petrobras - que envolve além de ex-diretores dessa empresa governamental, políticos graduados e as maiores empreiteiras do país.

Como o não envolvimento, eis a grande questão, porque o que vale para Chico vale também para Francisco. Isso quer dizer que qualquer investigação relacionada ao Petrolão, obrigatoriamente vai ter que investigar todos os denunciados. E agora, José? 

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