domingo, 11 de setembro de 2016

O PT caminha rapidamente para o seu derretimento




Um partido todo fragmentado

As eleições municipais de 2016 apontam na direção do derretimento de um partido, que num curto espaço de tempo, tornou-se um dos mais importantes partidos brasileiros, mas, o sonho de ‘poder permanente’ fez com que o Partido dos Trabalhadores (PT) se perdesse no meio do caminho.

Se a ex-presidenta Dilma Rousseff tivesse perdido a disputa pela reeleição e Aécio Neves tivesse sido eleito, quem estaria vivendo momentos difíceis nesta altura do campeonato, seria o governo do PSDB, que assim como o governo da presidenta Dilma Rousseff, estaria enfrentando os reflexos de uma grave crise financeira internacional que começou em 2008, mas como o partido que está no poder quer perpetuar-se nele, deu no que deu.    

O PT que ainda tem capilaridade nacional, sobreviverá graças aos petistas autênticos e orgânicos que assumirão o comando de um partido fragmentado e sofrerá muitas baixas, principalmente dos neopetistas.

Nesta eleição, o número de candidatos do PT a prefeito caiu pela metade, se comparado à eleição municipal de 2012. A situação do PT é tão crítica que até mesmo em estados onde esse partido governa, em alguns municípios, o diretório estadual aceitou que os diretórios municipais indicassem petistas para compor chapas majoritárias na condição de força auxiliar, ou seja, indicando o candidato a vice-prefeito.

No município de São Raimundo Nonato, por exemplo, um petista recente, do tipo que ingressou no PT depois que Wellington Dias chegou ao poder é o candidato a vice numa chapa encabeçada pelo PP, um partido que operou a favor do impeachment de Dilma Rousseff em troca de cargos no governo Temer. Desnecessário dizer que o PP foi um algoz de Dilma e do PT.

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