quinta-feira, 17 de setembro de 2020

França prepara-se para a segunda onda da covid-19

 

A primeira onda de covid-19 na Europa colocou a nu a fragilidade dos sistemas de saúde. A ameaça de uma segunda onda aumenta de dia para dia e faz aumentar também as inquietações entre a comunidade médica. A euronews esteve na unidade de cuidados intensivos do hospital Edouard Herriot, em Lyon, onde metade das camas já está ocupada e onde o paciente mais jovem tem 36 anos de idade.

Laurent Argaud, chefe do serviço de reanimação do Hospital Edouard Herriot, em Lyon, disse que existem "mais casos de covid-19 entre os jovens, por isso as idades baixaram nas unidades de cuidados intensivos. Simplesmente quer dizer que a fatia da população atingida pela doença agora é diferente. Aprendemos com a doença e estamos inquietos pela chegada da segundaonda, mas sabemos que estamos mais bem preparados, na medida em que já lidámos com a situação na primavera e sabemos o que esperar."

A falta de material adequado foi um dos problemas no início da pandemia, agora os hospitais de Lyon garantem ter equipamento suficiente para durar pelo menos dez semanas. O número de camas também aumentou. Desta vez, não seremos apanhados desprevenidos, mas a inquietação persiste.

Aurore é enfermeira, admite que "existe algum receio porque ainda não sabem quantos doentes vão ter nem qual será a dimensão da segunda onda". 

A situação atualmente parece relativamente controlada, mas os dados atuais não dão muita margem para otimismo. Na França o número de casos tem aumentado, particularmente nos grandes centros urbanos. Paris, Lyon e Marselha apresentam registos de novas infeções acima da média.

Esse aumento de casos explica-se em parte pelo número de testes efetuados, mas não se pode ignorar o fato da percentagem de testes positivos nas três maiores cidades do país ser também superior à média nacional. Com Euronews

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