quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Desemprego não UE aumenta na medida que a pandemia do Covid-19 recrudesce

Os números do desemprego na União Europeia são assustadores. São os números que vão traduzindo as aguardadas consequências: em agosto, o desemprego voltou a subir na União Europeia e isto pelo quinto mês consecutivo. A taxa atingiu 7,4%, o que corresponde a mais de 15,6 milhões de pessoas sem trabalho.

Mais concretamente, o bloco europeu registou mais 238 mil desempregados em relação a julho, a que se juntam mais 13 mil se as contas incidirem sobre a zona euro. Quando o Eurostat se debruça sobre os que têm menos de 25 anos, aí o salto fica nos 64 mil.

Portugal apresenta o mesmo balanço global da zona euro, situando-se o desemprego nos 8,1%. Num país que viveu o boom turístico que se conhece, há cada vez mais histórias como a de Mary Lopes, de Lisboa.

"O gerente foi ter conosco e disse-nos que o restaurante ia fechar por conta da pandemia. Umas semanas depois, mandou-nos uma mensagem dizendo que não podia estar presente, que se encontrava doente, que não tinha como nos pagar. Nem os últimos 15 dias que trabalhámos, nem os meses que nós íamos ficar em casa", diz-nos Mary, de 21 anos.

As mulheres foram mais afetadas que os homens, 7,6% contra 7,1%, respetivamente. Anabela Santos é mãe solteira e também perdeu o trabalho como ajudante de cozinha.

"Comecei a receber do fundo de desemprego. Já comecei a pagar as minhas contas, que estão atrasadas há mais de 5 meses. E não consegui emprego até agora", conta-nos.

E enquanto vão sendo implementadas mais restrições sanitárias, todas as previsões dão como evidente o agravamento progressivo dos números do desemprego. Com Euronews

Nenhum comentário: