Não há o que comemorar. A comemoração pela primeira pessoa vacinada no Brasil pelo governador João Doira e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, não passa de marketing político e da armação de palanque político fora de hora, inoportunamente e intempestivamente.
Como tudo no Brasil é motivo para os políticos armarem um palanque, a campanha de vacinação de combate a Covid-19 não foge à regra e é mais um motivo para que aqueles que tem alguma pretensão de disputar à presidência da república em 2022 se apresentarem aos olhos da nação como verdadeiros salvadores da pátria e os pais das vacinas Coronavac e AstraZeneca.
O Brasil aos olhos do mundo civilizado não passa de uma republiqueta de banana, um país latino americano, politicamente instável, dependente de uma economia primária, comandada por políticos profissionais, por oligarquias, uma elite política atrasada e dominado por políticos corruptos. É óbvio que até nos países mais corruptos em todo o mundo, existem honrosas exceções.
Voltemos ao palanque, digamos, ao assunto central deste editorial que é o uso político de uma campanha de vacinação que no primeiro momento não imunizará sequer, o primeiro grupo de brasileiros que deverão ser vacinados, no caso, os profissionais da saúde.
A guerra fratricida que está sendo travada entre o governador do estado de São Paulo, João Doria e o presidente Jair Messias é danosa para o país, pois desvia a atenção de povo brasileiro de uma situação que deve ser tratada como uma prioridade nacional, para uma questão neste momento secundária que a eleição presidencial de 2022.
Enquanto Doria, Dimas Covas, Bolsonaro e Pazuello se engalfinham, centenas de brasileiros morrem por falta de recursos para combater o novo coronavírus. O estado do Amazonas que não nos deixa mentir.
Só nos países pobres e atrasados a política está sempre na ordem do dia. O presidente da república Jair Bolsonaro, por exemplo, ainda não desceu de um palanque montado em 2018.
A pandemia da Covid-19 é coisa muito séria. Pense nisso!
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