O fenômeno clientelismo aparece na medida em que o governo se omite da garantia dos direitos básicos que à Constituição Federal (CF) assegura a todos os cidadãos brasileiros, como por exemplo, o acesso ao trabalho, a moradia, a educação e a saúde. Quando essa garantia constitucional é negada, o próprio governo federal em alguns casos, lança mão do clientelismo na forma de programas sociais. O clientelismo que é uma relação de troca que se estabelece entre o político com mandato e o cidadão necessitado.
O caso típico de clientelismo governamental, são os programas sociais que o governo federal de plantão usa como cabo eleitoral. Foi assim com FHC, Lula e Dilma e está sendo com Jair Messias Bolsonaro que antes mesmo do auxílio emergencial que alavancou sua popularidade, já vinha pensando e trabalhando na criação de um programa social para chamar de seu e ser usado como um grande cabo eleitoral em 2022.
O clientelismo é uma prática muito comum no Brasil, sobretudo no Brasil profundo e nos grotões, no Brasil distante e esquecido pelo poder público federal. Nesse caso, o clientelismo surge como necessário, porque sem o assistencialismo do poder público municipal e dos coronéis da política, um outro fenômeno típico das regiões mais pobres deste país, os munícipes ficam completamente desassistidos, porque sem emprego, sem moradia, sem educação e saúde dignas e com doenças que os obriga a buscar socorro e atendimento, junto ao chefe político.
Diante dessa situação de penúria e pobreza, o prefeito entra distribuindo cestas básicas, aluguel social, pagamento de botijões de gás, passagens e em alguns casos, hospedagens para as pessoas que se deslocam do seu município de origem para a capital ou uma outra cidade em busca de tratamento médico.
O clientelismo político é uma prática que foi disseminada por todo território nacional. O clientelismo tem no chefe político, via de regra, o prefeito municipal que é quem na ausência do estado o substitui de maneira precária, mas comparece, “praticando atos de bondade e caridade”, com recursos do próprio governo, seja ele, municipal, estadual ou federal. Esse clientelismo e assistencialismo político, é mantido pelos grupos políticos dominantes, como uma forma de se manter no poder. O clientelismo e o assistencialismo político, nada mais são do que um tipo de escambo político, isto é, a troca de ajuda por votos.
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