quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

O governo Bolsonaro vive seus estertores

 

A cada nova pesquisa de opinião pública, os índices de desaprovação do governo Bolsonaro aumentam. O que significa dizer que o derretimento da pré-candidatura de Jair Messias Bolsonaro é irreversível.

A aprovação ao Governo Bolsonaro cai para 19%, o nível mais baixo desde que Bolsonaro chegou ao Planalto. Pesquisa Atlas mostra que aprovação à imagem do presidente também chegou ao índice mais baixo:  apenas 29,3% dos brasileiros aprovam seu desempenho. Corrupção, inflação e desemprego são as maiores preocupações da população.

Com base nas últimas pesquisas, já começam a surgir muitas especulações no que tange a uma possível desistência do presidente Bolsonaro da disputa pela sua reeleição. Além dos índices nada favoráveis ao presidente, o que mais preocupa o entorno do presidente é a debandada de bolsonaristas considerados raiz. De bolsonaristas fiéis ao voluntarismo (doutrina que se caracteriza por privilegiar a importância ética, psicológica ou metafísica da vontade em relação às disposições intelectuais humanas) do político Jair Messias Bolsonaro, o que na presidência da república se revelou uma fraude.

A cada dia que passa aumenta o número de bolsonaristas arrependidos. Como exemplo podemos citar alguns bolsonaristas famosos que abandonaram o barco do presidente: os generais Santos Cruz, Rego Barros, Paulo Chagas, Santa Rosa, Fernando Azevedo e Silva, o governador João Doria, o próprio pré-candidato Sérgio Moro, os deputados federais Joice Hasselmann, Alexandre Frota, delegado Waldir, Kim Kataguiri, os apresentadores de televisão José Luiz Datena, Danilo Gentili, Emílio Surita, o cantor e compositor Lobão, o empresário Paulo Marinho, o humorista André Marinho, os  Fagner e Eduardo Costa; isso para ficar só nos mais famosos.     

O primeiro partido do Centrão a deixar o barco bolsonarista

“Ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, o Republicanos já não garante apoio à campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro”, diz o Estadão.

A cúpula da legenda atua agora para contornar um racha provocado por parlamentares que não desejam se vincular à impopularidade do chefe do Executivo. Uma ala quer ficar ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principalmente no Nordeste, enquanto outra se move em direção ao ex-juiz Sergio Moro (Podemos), visto como a alternativa à direita. Diante do impasse, ganha força a opção pela chamada ‘neutralidade’ na disputa, ao menos no primeiro turno.

Restando menos de ano para o fim do governo Bolsonaro, na opinião de cientistas, analistas e jornalistas políticos, o governo Bolsonaro já está sendo visto como Pato Manco. “O presidente Bolsonaro já não governa mais. Os vetos derrubados nos últimos dias o consolidam na posição de presidente mais derrotado pelo Congresso nos últimos 20 anos. Na questão dos preços da Petrobras para gasolina, óleo diesel e gás, Bolsonaro tenta há meses encontrar uma maneira de reduzir os aumentos constantes. E agora tem de enfrentar o general Silva e Luna, colocado por ele na presidência da estatal no lugar de Roberto Castello Branco justamente para estancar a alta dos preços”, diz Merval Pereira.

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