quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Até tú, Pedro Simon?

Nos últimos meses, o PMDB vem armando o tempo todo contra o presidente da republica Luis Inácio Lula da Silva, que por ingenuidade ou fragilidade, vive a se submeter aos caprichos e vontades de um partido que nunca está satisfeito com o que já tem no seu governo.

E quanto mais o presidente Lula emite sinais de que depende para continuar no governo, dos cardeais desse partido, a saber: José Sarney, Renan Calheiros, Michel Temer e quem diria até Pedro Simon, que sempre agiu de maneira independente, mas que agora age em total sintonia com esse grupo, que só quer saber de tirar proveito de qualquer situação, principalmente quando o governo do PT está passando por momentos difíceis.

Nessa disputa pela presidência do Senado, o senador José Sarney (PMDB-AP) traiu Lula. E também traiu Romero Jucá, líder do PMDB no Senado. Ao presidente Lula, Sarney disse que não seria candidato à presidência do Senado e que poderia apoiar a candidatura de Tião Viana (PT-AC). A Jucá, Sarney disse que apoiaria, sim, Viana - e foi por isso que Jucá saiu por aí a costurar uma aliança do seu e de outros partidos em torno do candidato do PT.

Ao senador Sarney se juntaram, Renan Calheiros (AL), adversário de SebastiãoViana (PT-AC), Pedro Simon (RS) Wellington Salgado (MG), Almeida Lima (SE) e outros senadores menos influentes.

O PMDB só dispõe de um único nome viável para a presidência do Senado - o de Sarney. Se Lula se convencer de que Viana não se elegerá poderá ir de Sarney para a vaga de Garibaldi. É com essa possibilidade que o PMDB vem trabalhando - a da inviabilidade da candidatura do senador Tião Viana.

O senador José Sarney não gosta de ir em bola dividida, como se diz na gíria, preferindo até mesmo desistir da disputa, para não arranhar a sua imagem de homem conciliador. Só que por debaixo dos panos, ele não desisti nunca e continua negociando, para quem sabe, a sua eleição venha a acontecer por aclamação.

E o senador Pedro Simon, onde entra nessa história? Não podemos esquecer que o senador gaúcho sempre foi tido e havido como um político ético e que sempre adotou uma linha de independência em relação aos cardeais do seu partido, já citados acima, mas que de uma hora para outra vem se submetendo ao jogo desse grupo que ele antes dizia detestar. Pelo visto, até o "franciscano" Pedro Simon, é chegado a uma boquinha no poder.

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