quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Corporativismo e corrupção: as duas “chagas” do Brasil

O termo corporativismo que provem da palavra latina corpus, corpo no nosso idioma, na Itália fascista não tinha a mesma conotação que tem hoje no Brasil, que sempre que é citada, soa de forma pejorativa, porque nos remete para uma situação esdrúxula, onde as entidades de classe, as instuições e as corporações, quando se trata de defender ou proteger um dos seus membros é capaz até de se colocar contra os interesses maiores da sociedade, o que contraria frontalmente os seus verdadeiros objetivos - que é trabalhar pelo interesse social.

Em nosso país, as entidades de classe quando se trata de defender um dos seus membros, age acobertando, age protegendo um dos seus membros, como se estivesse defendendo a si mesmas. Vamos ao um exemplo prático: o promotor público Thales Ferri Schoedl, ainda sem ter saído do período probatório, assassinou com 12 tiros um jovem em São Paulo, e mesmo assim foi absolvido por unanimidade.

No último quartel do século 20, o termo corporativismo havia adquirido um significado inteiramente novo, que permanece inalterado até os dias de hoje. Corporativismo passou a designar uma organização sindical monopolista (trabalhista ou patronal) que agrupa e defende, seja no âmbito local, regional ou nacional, os interesses de determinado grupo profissional e econômico.

A corrupção no Brasil, de tão presente no cotidiano desta nação, está quase institucionalizada, porque já está sendo encarada como sendo uma manifestação cultural, como algo que já se incorporou a personalidade do povo brasileiro.

A corrupção que significa o uso ilegal por parte de governantes, funcionários públicos, agentes privados do poder político e financeiro de organismos ou agências governamentais com o objetivo de transferir renda pública ou privada de maneira criminosa para determinados indivíduos ou grupos de indivíduos ligados por quaisquer laços de interesse comum – como, por exemplo, negócios, naturalidade, etnia ou fé religiosa.

Ao se juntarem, corporativismo e corrupção está formado o caldo de cultura capaz de contaminar todo o tecido social de um país, de modo a que a imoralidade e a falta de ética acabem prevalecendo sobre valores que edificam moralmente e eticamente um nação.

A autoridade quando tenta proteger um dos seus subordinados que está sendo acusado por ter um comportamento amoral, está agindo corporativamente. A autoridade quando cria empecilhos a quem investiga denuncias de corrupção no seu departamento, está sendo cúmplice com a corrupção. Daí poder ser considerado também corrupto.

Nenhum comentário: