sábado, 2 de outubro de 2021

Sintonia Fina

 

Parafraseando o escritor russo Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski, que diz no seu livro Os Irmãos Karamazov, “Se Deus não existe, tudo é permitido”, eu digo que se a impunidade existe tudo é permitido ao corrupto. Pelos menos é assim que pensam os saqueadores dos recursos públicos brasileiros que acreditam piamente na impunidade. No Brasil, os escândalos de corrupção se sucedem e nada sugere que um dia esse câncer seja extirpado da vida nacional. Cito como exemplo: o caso: Máfia dos fiscais, rombo R$ 18 milhões entre 1998 e 2008, na Câmara dos vereadores e servidores públicos de São Paulo. O caso: Mensalão, rombo de R$ 55 milhões em 2005 na Câmara Federal. O caso: Sanguessuga, rombo de R$ 140 milhões em 2006 nas prefeituras e no Congresso Nacional.  O caso: Operação Navalha, rombo de R$ 610 milhões em 2007, prefeituras, Câmara Federal e Ministério de Minas e Energia. O caso: Vampiros da Saúde, rombo de R$ 2,4 milhões entre 1990 e 2004 no Ministério da Saúde. O caso Petrolão, rombo de 10 bilhões da empresa estatal Petrobras, entre 2014 e os dias de hoje, porque as investigações foram paralisadas pelos amigos dos corruptos e inimigos da Operação Lava Jato que está sendo morta por asfixia, numa operação que envolve petistas e bolsonaristas. Isso para ficar só nos escândalos mais emblemáticos. Citados de forma aleatória.

O PT foge do assunto impeachment como o diabo foge da cruz

Respaldo pelos excelentes resultados apresentados pelas últimas pesquisas de opinião pública que apontam o pré-candidato Luís Inácio Lula da Silva, liderando com folga essas pesquisas, o Partido dos Trabalhadores (PT), foge desse assunto, porque os petistas apostam no sangramento do candidato à reeleição Jair Messias, até as eleições de 2022. Quando os dirigentes petistas são instados a se posicionarem sobre esse tema, eles desconversam para não serem obrigados a tergiversarem, usarem de evasivas, para fugirem de um assunto que não lhes interessa. Até quando? Ninguém sabe, porque uma pesquisa reflete o momento e como sabemos que a política é muita dinâmica, tudo poderá acontecer até o início da campanha eleitoral do próximo ano.

Sérgio Moro não revela estofo político para disputar um cargo majoritário

O adiamento da decisão do ex-magistrado Sérgio Moro de se lançar candidato à presidência da república, reflete a insegurança desse ex-juiz com relação ao seu futuro. Sérgio Moro, pela maneira como se posiciona se revela um homem sem estofo político para encarar uma disputa que exige do candidato posições firmes, determinadas e ousadas. Isso os apoiadores de Sérgio Moro não percebem na sua figura.  

A terceira via está entre o governador Eduardo Leite e o presidente do Senado

Pela segurança e amadurecimento político, percebe-se que os dois nomes únicos nomes com musculatura política para assumirem uma candidatura que encarne o espirito da Terceira Via, são Eduardo Leite e o senador Rodrigo Pacheco. O presidente do senado, que tem se revelado um político independente em relação ao Palácio do Planalto ao assumir posições que desagradam aquele que se considera o dono do seu mandato, ou seja, o presidente da república.

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