Se o deus mercado acabou, quem o substituirá? Que o mundo está passando pela sua pior crise financeira dos últimos 80 anos, quanto a isso, não existe nenhuma dúvida. O desemprego está se dando de maneira generalizada. Só na zona do Euro, o nível de desemprego atingiu a marca de 8%. A produção japonesa acaba de registrar a sua maior queda em 50 anos e o crédito está cada vez mais se contraindo.
Mesmo com todas essas intervenções feitas pelos bancos centrais dos EUA, Japão, zona do Euro e China e os das economias emergentes -, onde foram injetados trilhões e bilhões de dólares, ienes, euro e o iuan; e mesmo assim a economia mundial ainda não deu sinal de recuperação.
O problema maior para vencer esta crise, está sendo o pessimismo, o que faz com que o consumidor se retraia -, o que acaba gerando um efeito em cascata, ou seja, alguém deixa de consumir, alguém deixa de vender e alguém deixa de produzir. Quando isso acontece, está montado o cenário propicio para que o país entre em recessão.
Isso só acontece na economia capitalista, onde o mercado é que regula e dita às normas da economia e faz a roda girar. A economia americana, a mais liberal do Planeta, onde começou essa grave crise financeira que já atingiu também a economia real, está sendo acusada de responsável pela crise financeira mundial, devido a sua falta de regulamentação. Mas o problema da economia mundial, não é bem esse, mas o fato de não haver de limites para o crescimento.
Essa economia que acabou produzindo essa crise de proporção mundial é a mesma que levou os EUA a quase duas décadas de crescimento ininterrupto, com o povo americano achando que aplicar em derivativos (ações e títulos imobiliários), era a melhor maneira de chegar ao enriquecimento fácil e sem fazer esforço. A festa acabou e não sobrou dinheiro para pagar as despesas.
A economia planejada fracassou em todos os países socialistas: vejam só o caso da antiga URSS que para continuar existindo teve que partir para a economia de mercado, após ter sido desfeita. A Rússia após o desmembramento da antiga cortina de ferro ressurgiu como um país ainda emergente, um sofisma que se usa para substituir o termo subdesenvolvido.
A economia de mercado não é perfeita e em alguns momentos necessita da induçãoe intervenção do Estado para superar algumas crises, mas é o único capaz de funcionar de modo a que as pessoas possam exercitar a sua liberdade de escolha.
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