O presidente dos EUA, Barack Obama, antecipou neste sábado que deve lançar um novo plano para estimular a concessão de crédito no país. E voltou a reforçar que não espera uma solução de curto prazo para a pior crise econômica em mais de 70 anos. "Os americanos sabem que a nossa recuperação econômica levará anos, e não meses", disse ele, em seu segundo programa semanal de rádio, a frente da Casa Branca.
Obama também pressionou novamente o Senado a aprovar o pacote de US$ 819 bilhões já liberado pela Câmara dos Representantes (Deputados). Nesta Casa, o programa passou sem quaisquer votos dos legisladores republicanos. Entre os senadores, também se espera resistência igual, pois vários partidários já criticaram vários itens do plano proposto do Casa Branca.
"Os riscos estão em um nível tão alto que nós não podemos nos permitir mais os velhos confrontos e posturas partidárias em Washington. É a hora de ir numa direção diferente", afirmou ele.
O presidente americano também prometeu que o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, está preparando uma "nova estratégia" para reviver o fluxo de crédito e reduzir os custos dos créditos imobiliários.
"Logo meu secretário do Tesouro, Tim Geithner, vai anunciar uma nova estratégia para reviver nosso sistema financeiro, que vai estimular o fluxo de crédito para empresas e famílias. Nós ajudaremos a baixar os custos das hipotecas e ampliar os empréstimos para as pequenas empresas, de modo que possam criar empregos". afirmou.
Recessão
O anúncio de Obama sucede uma das piores notícias da semana, quando o Departamento de Comércio dos EUA revelou que a economia do país encolheu quase 4% no quarto trimestre do ano passado. Como no terceiro trimestre o PIB (Produto Interno Bruto) também ficou contraiu, tecnicamente o país caiu em uma recessão.
Trata-se do pior desempenho trimestral desde o primeiro trimestre de 1982 (ano em que o país também passava por uma grave recessão), quando a queda foi de 6,4%.
"Não tenha dúvidas, não são apenas números. Atrás das estatísticas há uma história. Muitos americanos viram suas vidas viradas de cabeça para baixo. Famílias foram forçadas a fazer escolhas dolorosas. Pais estão lutando para pagar suas contas. Pacientes não podem pagar suas contas. Estudantes não podem saldar suas mensalidades. E trabalhadores não sabem se sua aposentadoria será digna e segura", afirmou Obama, comentando os números do PIB.
"A boa notícia é que nós estamos agindo com um senso de urgência igual a esse desafio", acrescenta.(Folha Online)
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