Um município onde as pessoas não são importantes

O timonense convive diariamente com todos os problemas, possíveis e imagináveis. Não é à toa que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) identificou nesse município 26 mil famílias de miseráveis, de um total de 150 mil habitantes, o que significa dizer que mais da metade dessa população vive na miséria absoluta.

Enumerar todos os problemas que o povo timonense vive diariamente confesso, não é uma tarefa fácil; mas vamos aos mais graves: falta permanente de água, fornecimento precário de energia elétrica, coleta de lixo irregular e só executada na parte central da cidade de Timon. O transporte coletivo é o mais caro e o mais ineficiente de todo o país, com mais um agravante: é um monopólio da Empresa Dois Irmãos.

A prefeita é uma alienada dos problemas do município, por conveniência ou por incompetência, com esse município vivendo em estado permanente de anomia e desgoverno; sem a população ter a quem apelar no sentido de resolver os seus problemas mais graves. O poder Legislativo, esse é como se não existisse, porque ale de formado por vereadores com baixa escolaridade, ainda vive totalmente atrelado ao Poder Executivo. O Ministério Público (MP), esse só sabe cuidar do sexo dos anjos, não se envolvendo diretamente nas questões mais urgentes e prementes de uma população extremamente pobre e completamente desamparada.

Quem acompanha o Ministério Público em outros estados, não consegue entender porque o MP no município de Timon é tão distante dos graves problemas que aflige uma população inteira.

A poluição sonora é absurda, e o Poder Executivo é quem mais estimula essa prática absurda ao financiar todos os eventos que roubam a tranqüilidade de quem estuda e das pessoas que precisa e necessitam de sossego, as pessoas idosas, sobretudo.

Timon é a cidade mais festeira e musical do Brasil. Ai você deve estar se perguntando: como pode um povo tão miserável, ter tanta disposição e dinheiro para participar de tanta folia? O pobre, o pouco que ganha, usa para manter os seus vícios, manter um celular pré-pago e freqüentar bailes, gafieiras e as micaretas da vida.

O prefeito geralmente prefere oferecer circo para os pobres ao invés de pão.