A licença de funcionamento foi dada pela Vigilância Sanitária que em nova vistoria realizada nesta sexta-feira (17), desinterditou a linha de envasamento da fábrica.
Em nota encaminhada a redação do Imirante.com a AmBev informou que os alvarás do Corpo de Bombeiros e de funcionamento da Vigilância Sanitária estão atualizados e em vigor. “A companhia reitera que atua sob os padrões internacionais de produção e seus produtos têm total garantia de qualidade", informou.
A promotora de Defesa do Consumidor Lítia Cavalcanti que investiga o caso, ainda aguardará os relatórios oficiais da Vigilância Sanitária e do Corpo de Bombeiros para tomar as medidas judiciais necessárias contra a AmBev, tanto na esfera cível quanto na criminal.
Relembre o caso
A vistoria na fábrica da AmBev de São Luís realizada pelo Ministério Público, Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiros foi motivada por dois inquéritos abertos na promotoria de Defesa do Consumidor, que apontavam a falta de condições de higiene para o funcionamento da empresa.
De acordo com a promotora Lítia Cavalcanti, que acompanha o caso, foram encontrados insetos em cervejas engarrafadas na fábrica das marcas Skol e Brahma, fato constatado pelo Instituto de Criminalística e que tornam os produtos impróprios para o consumo.
“A inspeção só confirmou a causa da presença dos insetos nas garrafas: a sujeira no setor de engarrafamento” declarou a promotora.
Com a identificação pelo MP e Vigilância Sanitária da falta de higiene e limpeza no setor de engarrafamento, a empresa foi imediatamente interditada. Durante a fiscalização, o Corpo de Bombeiros também encontrou uma série de irregularidades no local.
Segundo o comandante do Grupamento de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros, coronel Célio Roberto Araújo, os diretores da fábrica não apresentaram o projeto de prevenção e combate a incêndio e pânico. “Nós demos dois dias para que a AmBev apresente os projetos. Também encontramos fiação exposta em uma área que apresenta piso molhado colocando em risco a vida dos trabalhadores, caixas de hidrante sem as mangueiras, ausência de sinalização e iluminação de emergência”, afirmou o coronel.
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