quarta-feira, 23 de junho de 2010

"Operação salva Marllos"

Na política brasileira, princípios, valores éticos e filiação partidária não são significativos, pois o que realmente conta para o político brasileiro são os meios, não os fins. Agora mesmo o eleitor piauiense assiste o ex-governador do estado do Piauí, Wellington Dias trabalhar diuturnamente para salvar a eleição do delegado da Polícia Civil Marllos Rossano, querendo obrigar o seu partido a se coligar com os partidos que apóiam à candidatura do governador, o que garantiria a eleição do irmão do presidente da Assembléia Legislativa do estado do Piauí, o deputado estadual Temístocles Pereira. Só que ninguém sabe por qual motivo, uma vez Wellington Dias ainda pertence ao Partido dos Trabalhadores (PT).

O ex-governador Wellington Dias que nunca teve nenhum interesse em trabalhar um nome do seu próprio partido para sucedê-lo, como teve para emplacar o nome do senador João Vicente Claudino (PTB-PI) como candidato da base aliada, um blocão político, que com o passar do tempo foi se dissolvendo como tudo que é sólido, mas que se dissolve no ar. O ex-governador petista que também não defendeu a tese da indicação do candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Wilson Martins. O comportamento de Wellington Dias tem as características do comportamento de alguém que foi infiltrado nas hostes do PT para minar o seu terreno. Mas os petistas sérios nos parece querer continuar cometendo o auto-engano.

Vendo sobre outro prisma, percebe-se também por traz de tudo isso a vontade de ex-governador do estado do Piauí, Wellington Dias, em querer passar para o mundo político piauiense, com essas suas tentativas fracassadas de articulações políticas que ele ainda é um líder, alguém com peso político capaz de influir nos resultados dos arranjos políticos partidários. Ledo engano o seu, porque quem está de fora, percebe sem ser preciso apelar para o uso de instrumentos para melhorar a visão ou a audição, que as lideranças hoje no estado do Piauí são outras: Silvio Mendes, Wilson Martins e João Vicente Claudino. Não necessariamente nesta ordem.

E para complicar ainda a mais a sua situação, Wellington Dias, ainda permitiu que a sua esposa sonhasse em disputar uma vaga na Assembléia Legislativa, o que ao fazê-lo, deixou transparecer claramente o seu projeto familiar de poder. Quer dizer que vida inteligente e políticos competentes só existem na família Dias e os outros petistas que fizeram por esse partido até mais do que à senhora Dias?

Enquanto isso Marllos Rossano continua sendo chamado para todos os telejornais de Teresina par falar sobre os idosos, quando ele nem é mais delegado dessa categoria. A TV Assembléia, nem se fala, porque aquilo lá virou uma propriedade do presidente dessa casa. Como dizem os timonenses, o estado Piauí continua sendo uma terra de muro rente ao chão.

Em TemPo:

A Operação salva Marllos Rossano continua de vento em popa. Certamente você já ouviu a expressão "de vento em popa", como uma referência a que tudo está muito bem e na melhor velocidade possível.

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