terça-feira, 29 de junho de 2010

Os nossos três gargalos

Sem que o Brasil supere os problemas relacionados com a sua educação de péssima qualidade (e não sou que estou dizendo isso, é a UNESCO), com o seu Sistema Único de Saúde, que não consegue acabar com as filas quilométricas nos hospitais e com um tempo extremamente longo para que seja realizado um exame e da violência que atinge a pobres e ricos, indistintamente.  
 
O Brasil após oito anos de governo do Partido dos Trabalhadores (PT) vai continuar no próximo governo, seja ele do PSDB ou a continuação do governo Lula, mergulhado em três graves problemas, isso para nos atermos só aos problemas mais graves, porque os outros são consequências de um tripé, representado pela educação, saúde e segurança. É que as pesquisas de opinião pública continuam apontando esses três setores como os mais graves problemas brasileiros.

Sem que o Brasil passe por esses três gargalos, este país nunca deixará de ser um país de terceiro ou quarto mundo, porque os nossos governantes deixaram de priorizar o desenvolvimento de setores essenciais como saúde, educação e segurança. Numa ordem aleatória. Sem o desenvolvimento pleno desses três setores não há como se pensar em incluir a nação brasileira entre as grandes nações do mundo.

A educação brasileira ficou em 88o lugar no ranking mundial de educação, elaborado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). Uma colocação que reflete a realidade da educação em nosso país, que não tem nem uma boa escola e nem uma escola eficiente. O ensino público brasileiro é muito ruim, principalmente, pela péssima remuneração dos nossos professores e pela baixa qualificação do nosso corpo docente. O ensino privado além de ruim, por sofrer do mesmo mal do ensino público, ainda por cima é uma atividade comercial, que antes de pensar na qualidade do ensino ministrado, se preocupa com o faturamento e o lucro.

A saúde pública brasileira é um verdadeiro Deus nos acuda, porque ela não existe para os pobres, apesar da existência do Sistema Único de Saúde (SUS), que pretende ter um caráter de universalização, mas que não passa disso, porque o brasileiro pobre continua morrendo nos corredores dos hospitais e quando depende de um exame o SUS só autoriza depois de alguns meses de feita a consulta. Com muitos do doentes vindo a óbito antes da realização do exame solicitado

A segurança pública no Brasil não existe, assim como não existe para os pobres, o ensino público e uma assistência médica de qualidade, pelo menos razoável. No quesito segurança, a coisa é mais democrática, porque a violência atinge a todos, sem distinção de classe social. 

Na realidade, o Brasil só vai bem na propaganda oficial, que por ser paga, ela só mostra aquilo que o contratante exige que seja mostrado. E como a maioria expressiva da sociedade brasileira é formada por pessoas iletradas, de baixa escolaridade, o governo de plantão consegue atingir o seu principal objetivo, que é mascarar a realidade.

Para um estrangeiro conhecer a triste realidade brasileira, não precisa nem sair da área nobre, onde geralmente ficam instalados os grandes hotéis, bastando apenas caminhar pelas ruas, para ser assaltado ou se deparar com mendigos pedindo esmolas e grupos de crianças e adolescentes fumando crack ou cheirando cola.      

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