sexta-feira, 23 de julho de 2010

Economista joga água fria na fervura da economia

O presidente Lula no afã de turbinar a candidatura da sua preferida, a ex-ministra Dilma Rousseff, só pensa num crescimento a qualquer preço e age irresponsavelmente, como se estive iniciando o seu primeiro governo e não vivendo o estertor do seu segundo mandato. Um fim melancólico para um governo, que segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Brasil é o terceiro país mais desigual da America  Latina e do Caribe, só perdendo para a Bolívia e o Haiti. Só não amargando uma colocação muito mais vexatória, devido à existência do programa Bolsa Família - que diminui a pobreza extrema.

O economista-chefe do Itaú-Unibanco Ilan Goldfan e ex-diretor do Banco Central, em entrevista concedida ao jornal Folha de São Paulo do dia 21/07, alerta o país para uma bolha que ameaça o Brasil, que ele chama de bolha da presunção. Uma presunção que não quer dizer supor, imaginar, mas uma presunção que significa vaidade e ostentação.

Uma vaidade que nos leva a crer, que o país não necessita mais de reformas e que seremos a bola da vez de sempre, um país que está condenado a ser um país desenvolvido e que não pensa em nenhum tipo de ameaça ao seu futuro, como nação desenvolvida. Mas não é bem assim: o Brasil para se proteger das ameaças externas precisa avançar nas reformas fiscal, previdenciária e trabalhista, sem as quais não reduz  a burocracia, que trava o crescimento. Também não podemos esquecer que o mundo desacelera, com a redução na compra de commodities. E é das commodities que o Brasil vive.

O Brasil precisa se preocupar com os gastos, até mesmo com aqueles que supomos representar investimentos, como a construção do Trem Bala e as grandes obras de infra-estrutura que visam preparar o país para a Copa do Mundo de 2014. Com muitas dessas obras, passado a Copa do Mundo, ficando abandonadas devido o país não ter como utilizá-las. Os grandes estádios de futebol, por exemplo. Um dinheiro gasto num setor, mas que deveria ser direcionado para outro, como em infra-estrutura. 

O Brasil não está navegando num céu de brigadeiro como o presidente Lula tenta nos fazer crer, porque se estivesse, o Copom não vinha nas últimas reuniões aumentando a taxa básica de juros. Agora, o que mais deve preocupar os nossos futuros dirigentes, é o cenário externo que continua se apresentando com muita  nebulosidade.

O Brasil precisa realizar reformas urgentes, que não podem mais ser adiadas. (Leão Arouche Neto)

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