Um governo que prima pela malandragem e a esperteza

O governo Dilma Rousseff, seguindo as pegadas deixadas pelo seu antecessor, tenta ganhar tempo, jogando a responsabilidade no ex-ministro Antonio Palocci pelo atraso na distribuição de cargos, alegando que a "memória da articulação política" foi levada pelo ex-chefe da Casa Civil, o que obriga as secretárias Glesi Hoffman e Ideli Salvatti, a começar tudo do zero, ou seja: a voltar a negociar a distribuição de cargos que já estava acertada com os partidos da base aliada, o que permitirá ao governo petista, não fazer substituições e nomeações por um espaço de seis meses.

Esse jogo de malandragem e esperteza que vem sedo colocado em prática pelo governo Dilma Rousseff, como quem pretende ganhar o PMDB no cansaço, está criando um clima de animosidade contra a presidente, que no futuro poderá ter sérias conseqüências para o seu governo, que já teve a sua avant-première, com a votação do novo Código Florestal, quando Dilma Rousseff sofreu uma fragorosa derrota.

Foi por subestimar os caciques da política nacional que Fernando Collor de Mello, foi escorraçado da presidência da república. Por isso é bom não arriscar, senhora presidente.

As secretárias Glesi Hoffman e Ideli Salvatti, vão ter muito trabalho para enquadrar aliados, como os peemedebistas, que fazem de tudo por cargos e espaços no poder. Quando não são atendidos na suas reivindicações, eles esquecem a palavra empenhada, os compromissos assumidos antes e durante a campanha. Se é que elas vão conseguir.

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