domingo, 15 de dezembro de 2013

Chapa pura não soma

Na política brasileira, não existe à tradição de se ganhar eleição sem formar uma grande coligação, como nos EUA, onde praticamente só existem dois partidos, o Partido Democrata e o Partido Republicano. Daí, os candidatos à presidência da república no Brasil se desdobrarem ao máximo, para formarem fortes alianças, que entre outras coisas, permite ao candidato dispor de um tempo razoável de televisão. Com o candidato à vice-presidente sendo de outro partido, o partido que oferece o companheiro de chapa ao candidato à presidência da república agrega valor a essa candidatura.

O PSDB para tentar pacificar a sua militância, pretende lançar chapa pura em 2014, ou seja, o candidato à presidência terá como seu vice, um tucano. E hoje o nome mais cogitado para ser o companheiro de chapa do pré candidato Aécio Neves é o senador Aloísio Nunes Ferreira (PSDB-SP), amigo de José Serra, um tucano que trabalha na divisão do seu partido, com a intenção de inviabilizar a candidatura do senador mineiro.   

Mesmo necessitando do apoio de partidos como o DEM e o Solidariedade (SDD) na coligação para a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência, o PSDB decidiu priorizar a montagem de uma chapa pura para a corrida eleitoral do ano que vem.

A se confirmar essas especulações, o PSDB corre o sério risco de marchar sozinho nessa eleição, onde o tempo de televisão é fundamental para que o candidato possa apresentar o seu programa de governo e apontar os erros dos seus adversários. Nesse caso, o PSDB já entra fragilizado na disputa, porque só conta o seu tempo e com as suas próprias forças. 


A única vantagem que existe na chapa pura é quando da renuncia do principal mandatário, porque o partido que está no poder não corre o risco de passar o comando do governo às mãos de um partido que tem em mente outros interesses. Tomemos como exemplo, o estado do Maranhão, onde a governadora Roseana Sarney temendo ser traída pelo seu vice-governador montou um obra de engenharia política que permitiu eleger o seu vice, o petista Washington Luís, para Tribunal de Contas do Estado (TCE), um cargo vitalício, o que obrigou esse petista renunciar à vice-governadoria.

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