sexta-feira, 4 de abril de 2014

Vargas Llosa vai à Venezuela apoiar a oposição

Nobel da Literatura acusa Maduro de querer estabelecer uma “ditadura de inspiração cubana”. Maioria dos venezuelanos diz que o seu Governo “já não é democrático”.
Escritor diz que vai apoiar os que combatem "a ditadura de Maduro" ENRIQUE CASTRO-MENDIVIL/REUTERS
O escritor peruano Mario Vargas Llosa vai viajar este mês até à Venezuela para apoiar os grupos na oposição que há dois meses protestam contra o Presidente Nicolás Maduro. Num artigo de opinião publicado no The New York Times, o líder venezuelano acusa os manifestantes anti-Governo de o quererem derrubar e faz um apelo ao diálogo dirigido ao Presidente Barack Obama.
O Nobel da Literatura peruano acusa o Presidente venezuelano de estar tentando instalar uma “ditadura de inspiração cubana” e diz que todos os países da América Latina ficarão ameaçados se Nicolás Maduro for bem sucedido.
As manifestações começaram em  4 de Fevereiro e transformaram-se desde então num movimento nacional em protesto contra a crise econômica, a insegurança e a brutalidade policial.
Pelo menos 39 pessoas morreram dos dois lados da barricada durante os protestos e a Anistia Internacional (AI) documentou “dezenas de casos” de abusos e violações dos direitos humanos, incluindo assassinatos e torturas, em resultado da ação das forças de segurança contra os manifestantes.
Vargas Llosa chega à Venezuela no dia 15 de Abril para participar de uma conferência organizada por um think tank da oposição, o Cedice. “Irei com outros liberais para demonstrarmos o nosso apoio e a nossa solidariedade aos que estão  combatendo a ditadura de Maduro”, disse o escritor, de 78 anos, citado pela BBC.
Conhecido pela sua forte oposição ao regime cubano, Vargas Llosa concorreu à presidência do Peru em 1990, mas perdeu no  segundo turno para Alberto Fujimori.
Segundo uma sondagem do Instituto Venezuelano de Análise de Dados (IVAD), publicada pelo diário El Universal, são cada vez mais os venezuelanos que pensam como Vargas Llosa: 55% dos cidadãos acreditam que o Governo de Maduro “já não é democrático”. Ao mesmo tempo, cada vez menos pessoas se descrevem como chavistas – de 42,3% em Outubro passaram para 33,8% em Março.

Os dados publicados no jornal venezuelano mostram ainda que há mais venezuelanos que se identificam com a oposição – eram 32,8%, agora são 38%. Faz sentido, já que 74% descreve, como negativa a situação do país (68% afirma, que a situação econômica é caótica) e 53% identifica, o Governo como principal responsável pelos problemas da Venezuela. Fonte: Mundo P

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