“O
que acontece no Nordeste às vezes fica no Nordeste. Por isso é importante ir lá
explorar esse grande “país” de mais de 50 milhões de habitantes e PIB que
cresceu 4% nos cinco primeiros meses do ano, ante menos de 1% da média Nacional”.
(Nizan Guanaes)
“Quem
de vocês aqui gosta do Bolsa Família levanta a mão?”, brada ao microfone,
do alto de um palanque improvisado, o senador Lobão Filho, candidato
do PMDB ao governo do Maranhão, na pequena cidade de Barra do Corda
(85.000 habitantes). A platéia reagiu imediatamente com os
braços estendidos. O candidato continuou: “Isso me preocupa, porque os nossos
adversários estão unidos a Aécio Neves, que já disse em todos os jornais e
todas as emissoras de TV que é contra o Bolsa Família".
Na
região central do Maranhão, segundo a revista Veja Online, 96% do eleitorado
vota em Dilma Rousseff, porque não quer perder o Bolsa família, o que numa
eventual vitória da oposição esse benefício poderá ser cortado ou reduzido pela
metade para que sobre recursos para o grande capital, leia-se: os grande
bancos, as grandes empreiteiras, o agronegócio e os trustes nacionais e internacionais.
Não
estou aqui fazendo a defesa de corruptos, de mensaleiros e de qualquer tipo de
gangue, mas é que eu fui forçado a reconhecer pelos dados econômicos disponíveis de que nunca um
governo brasileiro distribuiu tanta renda como o governo Dilma Rousseff, o que
impediu que o nosso país mergulhasse numa crise profunda, como aconteceu na
Europa e nos EUA. Nas regiões mais rica do mundo, com a crise financeira de
2008.
Se
a região Nordeste vem apresentando um crescimento extraordinário nos últimos
anos, não é devido à geração de empregos na indústria ou no agronegócio, mas
graças a programas como Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida. Este último, além
de oferecer moradia digna para o pobre, ainda é responsável pelo aquecimento da
indústria da construção civil.
Se
o nordestino melhorou de vida é justo que ele reconheça no governo do Partido
dos Trabalhadores (PT) a opção feita pelos mais pobres.
Insisto
na tese de que os candidatos a governadores apoiados por Dilma Rousseff, sobretudo da região Norte e
Nordeste não perderão as suas eleições.
por Justino Fernandes
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