Disputar pela segunda vez a presidência da república é tudo
que Marina Silva sempre sonhou, claro que não nessas condições trágicas que se apresentaram. Ela, que abandonou o Partido Verde (PV), que a abrigou
em 2010 e lhe ofertou uma candidatura, para criar um novo partido que lhe
garantiria uma legenda sem ela ter que aceitar as regras do jogo impostas pelos
donos dos partidos A ou B. Um projeto que acabou sendo abortado e essa ex-professora
secundária foi obrigada a aceitar o acolhimento que lhe foi oferecido pelo PSB,
mas na condição de que ela aceitasse desempenhar o papel de coadjuvante na
eleição de 2014, o que ela, sem opção acabou aceitando, para não ficar fora da
mídia e ter um palanque - que na pior das hipóteses poderia servir ao seu
projeto adiado para 2018.
A candidatura de Marina Silva pelo PSB em substituição a
Eduardo Campos, morto num acidente com a aeronave em que viajava da cidade do
Rio de Janeiro para o município de Guarujá no estado de São Paulo, é certa mas
essa acreana que ajudou a fundar o PT, vive, neste momento, vários dilemas quanto
ao caminho a seguir.
Os mais difíceis são três: radicalizar nas suas posições à
esquerda e correr o risco de não superar os 19% dos votos conquistados em 2010;
enquadrar-se ao programa do PSB que limitará os seus movimentos e assumir o
projeto político que vinha sendo trabalhado por Eduardo Campos, que em determinado
momento chegou a flertar com o agronegócio, o que provocou o primeiro e maior desentendimento
entre Marina e Eduardo.
As alianças nos estados
também são outro complicador para a candidata Marina Silva, que não aceitou
inicialmente o apoio do PSB a candidatura de Geraldo Alckmin no estado de São
Paulo. Marina Silva no palanque do PSDB é outro entrave que ela vai ter que
resolver, sem criar nenhum tipo de conflito com a direção do PSB, um partido do qual ela depende para se manter viva na política, como terceira via.
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