As secretarias consideradas
jóias da coroa do governo estadual são vistas como trampolim para os seus
secretários fazer carreira parlamentar
O PT que passou quase 30 anos condenando os políticos
tradicionais, as velhas oligarquias e políticos como Paulo Maluf, José Sarney, Hugo
Napoleão, Renan Calheiros, Jader Barbalho Alberto Silva (já falecido), como
sendo responsáveis pelo nosso atraso secular ao chegar ao poder adotou e
ampliou as mesmas praticas.
No Piauí, um estado que em duas décadas pela terceira
vez está sendo governado por Wellington Dias, o único critério que vem sendo usado
para a escolha de secretários e assessores do segundo e terceiro escalões é o
da amizade, do companheirismo, do compadrio, do partidarismo e familiar.
O secretário da Fazenda Nazarenos Fonteles Júnior é
considerado pelos piauienses como um verdadeiro gênio, porque em três anos
conseguiu transformar o seu colégio num dos mais badalados do Piauí, o que o saudoso
Marcílio Flávio Rangel de Farias não conseguiu em menos de 20 anos com o Dom Barreto.
A propósito: as secretarias consideradas as jóias da
coroa do estado do Piauí, por serem as que lidam com mais dinheiro são todas
comandas por parentes de Sua Excelência o governador, um amigo fraterno ou uma
pessoa como disposição para servir incondicionalmente. Nos dois primeiros
governos de Wellington Dias, o atual deputado federal Assis Carvalho foi
diretor do DETRAN e secretário de Saúde. Isso explica parte da tradição
deste estado ser governado por clãs, por amigos, parentes e ‘aderentes’. Desse jeito, o
Piauí nunca deixará de ser o último vagão da locomotiva chamada Brasil, um
lugar onde o mérito, a eficiência e a competência não passam de lindas figuras de
retóricas. Em tempo: quem de fora do ambiente doméstico dos governos municipal
e estadual que quiser se dar bem no estado do Piauí precisa fazer um curso intensivo
de adulação e puxa-saquismo. Isso é praxe por aqui. Zé Filho não ousou tanto.
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