Os petistas viciaram-se em poder e dinheiro fácil

“Hoje o samba saiu procurando você. Quem te viu, quem te vê. Quem não a conhece não pode mais ver pra crer. Quem jamais a esquece não pode reconhecer”. (Chico Buarque)

Acabo de ler num site local, que a suplente de deputada estadual Flora Isabel (PT) vai assumir um mandato de um mês na Assembléia Legislativa do Estado do Piauí (ALEPI), só para poder abocanhar um mês de salário sem trabalhar. Assim como ela, outros parlamentares vão receber quase trinta mil reais sem precisar dar um dia sequer de expediente. O que causa estranheza nessa decisão de Flora Isabel é o fato de ela pertencer a um partido considerado ético, pelo menos em tese e que construiu uma parte da sua história pregando e defendendo valores moralizantes e edificantes. O que hoje nega e renega. 

Quem conheceu o Partido dos Trabalhadores (PT) como eu, desde as primeiras discussões sobre a criação e construção de um partido dos trabalhadores, cujos idealizadores e construtores, nos seus primórdios se reuniam nos sindicatos, nas casas paroquiais e comiam marmitex e hoje já passado mais de uma década do PT ter chegado ao poder, percebe uma mudança radical na maneira de ser dos petistas, a maioria deles petistas oportunistas que só estão nesse partido porque estão levando grandes vantagens, não reconhece o partido forjado nas lutas sindicais, estudantis e nas comunidades eclesiais de base (CEBs).

Os petistas orgânicos ao perceberem que o Partido dos Trabalhadores (PT) que tinha chegado ao poder não era mais o mesmo, porque esse partido tinha sido tomado de assalto por alpinistas políticos, oportunistas e carreiristas ou desistiram da política ou migraram para partidos com alguma identificação ideológica, como é o caso do ex-deputado federal Jesus Rodrigues, dos deputados Chico Alencar, Ivan Valente e da candidata à presidência da república derrotada na eleição de 2014, Luciana Genro.

A propósito: por essas e outras é que o PT está vivendo os seus estertores ou os últimos de dias de Pompéia.  

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