sábado, 4 de julho de 2015

A rebelião das máquinas


As mentes artificiais não têm sentimentos. Elas não têm alma. Elas só executam comandos, mas às vezes agem com independência e provocam tragédia. Até bem pouco tempo os robôs só atacavam o ser humano na ficção. “(Tomazia Arouche)


 
Ainda não é a visão pós-apocalíptica de um mundo dominado por máquinas, mas é um acontecimento que nos leva a pensar sobre o emprego de tecnologia que substitui o homem na fábrica, no campo e no escritório. Um trabalhador de 22 anos morreu na segunda-feira passada numa fábrica da Volkswagen na Alemanha, quando o robô que trabalhava na montagem de um veículo o agarrou e o esmagou contra uma placa de metal.

O acidente aconteceu na unidade de Baunatal, cerca de 100 quilómetros a norte de Frankfurt, conforme anunciou o gigante alemão do setor automóvel.

Segundo o porta-voz da Volkswagen, Heiko Hillwig, uma investigação sobre a causa desse fatídico caso está em curso e as primeiras conclusões indicam que poderá ter-se tratado de erro humano e não de uma falha na máquina. O robô, explicou Hillwig, é programável para desempenhar várias tarefas na linha de montagem e normalmente opera num espaço confinado, onde transporta e encaixa peças automóveis.

Essa notícia não repercutiu como deveria em todo o mundo e não suscitou nenhum debate sobre o emprego indiscriminado da máquina que substitui o homem. Ela acende um sinal amarelo na relação entre homens e máquinas. Uma relação que representa para o ser humano, uma dupla ameaça: uma ameaça física e uma ameaça ocupacional, porque o robô e o computador elimina praticamente o trabalho humano.    

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