domingo, 10 de janeiro de 2016

Um país gravemente enfermo, moralmente



Quanto picaretas serão necessários para que se crie uma nação decente e moralmente aceitável?


O Brasil padece de várias enfermidades, sendo que a enfermidade de natureza moral é a mais grave de todas, haja vista, tratar-se de um desvio de comportamento, o que não se consegue tratar no espaço de uma geração.

Sem que a sociedade inteira esteja convencida de que não existe saída para os graves problemas brasileiros, sem uma mudança cultural radical, que faça com que a maioria da nossa população condene e seja intolerante com a corrupção, com a roubalheira e a falta de pudor das nossas autoridades, este país não será curado dessa grave doença degenerativa.

Num país, onde o bandido, o corrupto e o contraventor são tratados como heróis nacionais e o povo continua elegendo salafrários, alimentar esperança sem se indignar e tolerar a degradação moral daqueles que tem o direito e a obrigação de serem exemplos de bom comportamento é também uma enfermidade. Um mal que precisa ser tratado com urgência, de modo a que este país não se transforme num Novo México ou numa espécie de Venezuela bolivariana.

No Congresso Nacional, na atual legislatura, mais de 200 parlamentares tem problemas com a justiça e o ex-parlamentar Luiz Inácio Lula da Silva em 1993, já tinha identificado a presença de 300 picaretas na Câmara Federal e no Senado e, leia o que Lula disse nessa oportunidade a esse respeito: “há uma minoria que se preocupa e trabalha pelo país, mas há uma maioria de uns 300 picaretas que defendem apenas seus próprios interesses”.

Se naquela época, o Congresso Nacional já era uma Casa de Mãe Joana e como de lá pra cá nada mudou em termos de melhoria de comportamento moral e ético na política nacional, há de supor-se que esse número tenha aumentado consideravelmente. Para tristeza e inglória do povo brasileiro.  

Carlos Lacerda Prates Mesquita

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