Quanto
picaretas serão necessários para que se crie uma nação decente e moralmente
aceitável?
O Brasil padece de várias enfermidades, sendo que a
enfermidade de natureza moral é a mais grave de todas, haja vista, tratar-se de
um desvio de comportamento, o que não se consegue tratar no espaço de uma geração.
Sem que a sociedade inteira esteja convencida de que não
existe saída para os graves problemas brasileiros, sem uma mudança cultural
radical, que faça com que a maioria da nossa população condene e seja
intolerante com a corrupção, com a roubalheira e a falta de pudor das nossas autoridades,
este país não será curado dessa grave doença degenerativa.
Num país, onde o bandido, o corrupto e o contraventor
são tratados como heróis nacionais e o povo continua elegendo salafrários,
alimentar esperança sem se indignar e tolerar a degradação moral daqueles que
tem o direito e a obrigação de serem exemplos de bom comportamento é também uma
enfermidade. Um mal que precisa ser tratado com urgência, de modo a que este
país não se transforme num Novo México ou numa espécie de Venezuela
bolivariana.
No Congresso Nacional, na atual legislatura, mais de 200
parlamentares tem problemas com a justiça e o ex-parlamentar Luiz Inácio Lula
da Silva em 1993, já tinha identificado a presença de 300 picaretas na Câmara Federal
e no Senado e, leia o que Lula disse nessa oportunidade a esse respeito: “há
uma minoria que se preocupa e trabalha pelo país, mas há uma maioria de uns 300
picaretas que defendem apenas seus próprios interesses”.
Se naquela época, o Congresso Nacional já era uma Casa de Mãe Joana e como de lá pra cá
nada mudou em termos de melhoria de comportamento moral e ético na política nacional,
há de supor-se que esse número tenha aumentado consideravelmente. Para tristeza
e inglória do povo brasileiro.
Carlos
Lacerda Prates Mesquita
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