O governo do presidente da república Michel Temer, como se
não bastasse só as manifestações que vem ocorrendo em todo o país, contra o seu
mandato, que a oposição considera ilegítimo, porque, segundo os seus
adversários, o seu partido é corresponsável pelas crises que provocaram o impeachment
da ex-presidenta Dilma Rousseff, os seus ministros não lhe favorece.
Logo nos primeiros dias do governo provisório de Temer,
esse governo sofreu duas baixas. A primeira baixa foi do ministro do
Planejamento Romero Jucá, provocada pelas denúncias do ex-senador e
ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado que gravou conversas comprometedoras
entre ele e Jucá. A segunda baixa foi a do ministro da Transparência, Fabiano Silveira,
provocada por motivos idênticos.
Após a efetivação de Temer na presidência da república, os
ministros Geddel Vieira Lima (ministro Chefe da Secretaria de governo) e
Alexandre Moraes (ministro da Justiça), andaram falando demais e como isso,
criaram sérios embaraços para um governo que está tendo que conviver diariamente
com protestos que pedem Fora Temer.
O ministro Geddel Vieira Lima que se manifestou recentemente
contra a punição para quem praticou caixa
dois em campanhas eleitorais e Alexandre Moraes que ao discursar num
comício em Ribeirão Preto no interior do estado de São Paulo, criaram sérios
embaraços ao governo Temer. Primeiro porque se posicionou a favor de uma
questão que o país abomina e o segundo, porque deixou transparecer que tem acesso
a informações privilegiadas da Operação Lava Jato. O que convenhamos não passou
de uma brava desse ministro.
O governo Temer está encurralado, preso nas cordas e sem
nenhuma condição de reagir contra as crises política, econômica e a sua enorme
impopularidade.
Não custa nada insistir na tese de que só um grande Pacto
Social poderá salvar o Brasil do precipício. Na beira do precipício ele já
está, bastando só um empurrãozinho para que este país mergulhe numa crise que
exigirá uma intervenção das Forças Armadas.
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