quinta-feira, 17 de novembro de 2016

O PMDB está ferido de morte e talvez não sobreviva à Lava-Jato



O PMDB do presidente da república Michel Temer, o principal responsável pelo impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, tudo indica, terá um destino semelhante ao do Partido dos Trabalhadores (PT) que caiu em desgraça ao se envolver em rumorosos casos de corrupção, com destaque para o Mensalão e o Petrolão.

O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) que teve participação nos dois escândalos citados acima, com a prisão do ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, do ex-governador do estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral e o pedido de prisão feito pelo procurador-geral da república (PGR), Rodrigo Janot, da cúpula do PMDB, leia-se o ex-senador José Sarney, o presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e Eduardo Cunha, lá atrás no mês de junho deste ano, nos leva a crer que o PMDB também cairá em desgraça, assim com o seu ex-aliado e sócio em alguns negócios. Negócio nada republicanos como tem demonstrado a Operação Lava-Jato.    

As prisões dos peemedebistas Cunha e Sérgio Cabral, dois políticos muito influentes e tidos como grandes lideranças do PMDB nacional, fatalmente irá contaminar o governo de Michel Temer que em menos de 15 dias de governo foi obrigado a se livrar dos ministros Romero Jucá
 (Planejamento), Fabiano Silveira (Transparência) e Henrique Eduardo Alves (Turismo). Depois da queda dos primeiros ministros, dos 22 titulares de pastas com status de ministério, há oito (um terço ou 36,3% do total de ministros) com citação na Lava Jato, seja menção em delações premiadas, seja em inquéritos ou na chamada “lista da Odebrecht”.

O PMDB não tem moral suficiente para permanecer no governo.

Por Anthony-Isaac Silvestre de Sacy Souza

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