Toda essa
movimentação dos deputados federais no sentido de modificar a Lei de iniciativa
popular, contra a corrupção, é uma ação corporativista. Essa Lei que consta de
dez medidas para aprimorar a prevenção e o combate à corrupção e à impunidade.
Lutar
contra essa Lei é um contrassenso, haja vista, em tese, o parlamentar, seja ele
municipal, estadual ou federal, existe para representar e defender os
interesses do povo que o elegeu. Qualquer iniciativa em contrário, deslegitima
o parlamentar que assim procede.
Quanto
mais, alguns parlamentares se comprometem com a corrupção e se movimentam no
sentido de defender interesses corporativos ou individuais, mais o povo
brasileiro se revolta e passa a encarar o parlamento como um todo, como o seu
principal adversário. Não é à toa que o Poder Legislativo é o menos confiável
aos olhos da sociedade brasileira. Em segundo lugar, em matéria de
desprestígio, aparece o Poder Executivo. A mais confiável instituição
brasileira na atualidade é as Forças Armadas.
Em tempo:
a divulgação da assinatura do acordo de delação premiada por executivos da
Construtora Odebrecht, acontece num momento em que a classe política anda tão
desvalorizada, o que favorece a aprovação dessa Lei na sua integralidade, uma
vez que poucos deputados terão o desplante e a ousadia de querer maquiar essa
Lei, tão necessária e importante, como instrumento de combate à corrupção.
Por Anthony-Isaac
Silvestre de
Sacy Souza
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