Na política, diferentemente da religião, não existe
salvação individual. Ou nos salvamos todos ou todos seremos condenados ao fogo
do inferno.
Não é de hoje que eu venho pregando no deserto, ou seja,
propondo ao país a criação de um Pacto Social, no molde do Pacto de Mocloa. Um
Pacto Social que reúna em volta de uma mesa, representantes dos principais
partidos, do Poder Executivo, do Poder Judiciário, Centrais Sindicais, OAB,
ABI, CNI, CNBB, as Federações das Indústrias e as Forças Armadas.
O que foi o Pacto de Moncloa?
Foi resultado de uma reunião que ocorreu no mês de outubro de 1977 neste
palácio, definindo um acordo amplo de reforma da economia espanhola como um
todo. Esse Pacto
conseguiu colocar numa mesma mesa todos os presidentes de partidos políticos,
chegando a um consenso histórico sobre todos os assuntos que afetavam o país e
sobre todas as reformas necessárias (sendo as principais reformas fiscal, previdenciária, jurídica e política)
de maneira que prevalecesse o conteúdo que fosse de maior interesse e importância
para o país e para seus cidadãos. Nada de ficar puxando a sardinha para o seu
lado, fazendo oposição a projetos simplesmente por estes serem de autoria de um
partido contrário.
É de um pacto desse ‘molde’
que o Brasil precisa para voltar aos trilhos da normalidade política e institucional.
Agora não venham me dizer neste momento o Brasil vive num ambiente de harmonia
plena, porque não está! É urgente pacificar o país para que nos salvemos todos.
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