quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Não há motivos para comemorações




Isto aqui não é uma pátria é um ajuntamento, um amontoado de pessoas submetidas a uma elite perversa e cruel que nunca pensa no bem estar social, mas exclusivamente nos seus próprios interesses e negócios. Entenda-se por elite, as nossas classes dirigente e política.

Nas últimas três décadas, este país foi escandalosamente roubado por políticos e gestores das nossas maiores empresas, numa sucessão de escândalos monstruosos, tendo início com o escândalo do Mensalão e seguido pelo Petrolão; escândalos esses dos quais participaram membros dos governos Lula, Dilma, Temer e políticos de todos os grandes partidos. 

Enquanto o país é assaltado por políticos e pelos quadros dirigentes das nossas principais empresas estatais, o povo fica mais vulnerável, miserável e abandonado.

O então procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, concluiu que o esquema do mensalão era operado por uma sofisticada organização criminosa, comandada pelo PT. Em denúncia enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador apontou o ex-ministro José Dirceu como o chefe do organograma delituoso e mais três ex-dirigentes petistas: José Genoino, Delúbio Soares e Sílvio Pereira, como integrantes do núcleo principal da quadrilha. Ao todo, foram denunciadas à Justiça 40 pessoas, entre políticos e empresários.

Para o ex-procurador-geral da república Roberto Gurgel, o Petrolão é mais amplo e mais sofisticado do que o Mensalão,  mais conhecido como ação 470, não passa de ser a ponta de um iceberg da corrupção. Uma corrupção que não começou sob os governos Lula, mas que remonta ao império e até mesmo à chegada da família real ao Brasil.

Este dia 7 de setembro que deveria ser comemorado com muita festa e jubilo, só as pessoas alienadas e que de alguma forma estão levando vantagem no governo do presidente Temer sentem motivos para comemorar esta data. Ocorre que os pobres que são usados costumeiramente como massa de manobra e claque pelo sistema, estão cada vez mais pobres, miseráveis e desprotegidos.

Uma nação que convive com índices alarmantes de violência (assaltos e assassinatos), com quase 15 milhões de desempregados e serviços de saúde e educação que se nivelam com os países da África subsaariana não tem motivos para repito: falsa alegria ou alegria enfermiça. 

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