Roda-gigante
Humana faina
cumprida em plaina
de solidão
cumprida em plaina
de solidão
para o sozinho
que em mim caminho
rodando em vão,
rodando em vão,
semana e mês
e sem mercês,
roda a palavra,
e sem mercês,
roda a palavra,
para esse assédio a
quem só mede
o ser que lavra
quem só mede
o ser que lavra
sua desumana
mais que humana
vida nenhuma,
mais que humana
vida nenhuma,
feita de alguém
como ninguém
que é feito de urna
como ninguém
que é feito de urna
perpétua chama
que em mim derrama
a solidão,
que em mim derrama
a solidão,
para o sozinho
onde caminho
rodando em vão.
onde caminho
rodando em vão.
Nauro Machado foi um poeta
e escritor maranhense.
Ferreira Gullar
sobre Nauro Machado:
“É difícil
qualificar esses poemas escritos, por assim dizer, no avesso da linguagem. Não
é pela compreensão lógica que eles nos atingem mas pelo sortilégio de um falar
desconcertante e único.” FERREIRA GULLAR
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