O voto cirúrgico do ministro do STF Edson Fachin, como
relator da ação direta de inconstitucionalidade, foi insuficiente para manter o
suspeito senador mineiro Aécio Neves (PSDB-MG), fora do Senado e quiçá sem o
mandato. Mas, a Suprema Corte liderada pelo ministro Gilmar Mendes e secundado
pela presidenta dessa egrégia corte, ministro Cármen Lúcia optou por desapontar
mais uma vez à nação brasileira. “A Constituição
"nem de longe confere ao Poder Legislativo o poder de revisar juízos
técnico-jurídicos emanados do Poder Judiciário", disse o ministro Fachin.
Palavra
final cabe ao STF
Para o Procurador da República Carlos Fernando dos Santos
Lima, um dos procuradores da república que integram a Operação Lava Jato, a
decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de que a última palavra sobre
o afastamento de um parlamentar das suas funções cabe ao Poder Legislativo, foi
um erro. “Esse novo entendimento do STF
acontece um ano e cinco meses depois de o próprio tribunal ter determinado, de
maneira unânime, o afastamento do então deputado federal e presidente da Câmara
Eduardo Cunha (PMDB-RJ)”. Essa
decisão favorável ao senador Aécio Neves, tudo sugere, foi acordada entre o
presidente do Senado, o senador Eunício Oliveira e a presidenta do STF,
ministra Cármen Lúcia, a quem coube decidir através do voto de minerva uma
votação que estava empatada. Foi na realidade um acordo de cavalheiros e dama
para evitar uma crise institucional. Mas, se o Poder Legislativo saiu
fortalecido desse embate, o Poder Judiciário saiu enfraquecido e fragilizado de
mais uma batalha travada entre esses dois poderes da república.
Alberto
Goldman versus João Doria
Nessa disputa que está sendo travada entre o tucano
Alberto Goldman e o neotucano João Doira
Junior (foto), a balança pende para o lado do ex-governador do Estado de São Paulo e
ex-comunista. Alberto Goldman que possui uma rica biografia, enquanto que o seu
adversário pode ser considerado um outsider
da política nacional, porque foi eleito se apresentando ao eleitor paulistano como
sendo um antipolítico. Até aqui, o prefeito da cidade de São Paulo só tem
produzido factoides e viajado com um bom turista que se preza. João Doira Junior
é fogo de palha.
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