A política
brasileira envelheceu e a política piauiense envelheceu absolutamente. A lei
natural das coisas muda a política, com o envelhecimento (idade avançada) dos
quadros políticos que se perpetuaram na vida pública, seja no parlamento ou no
executivo.
Mas, a
mudança na política deve acontecer pelo processo natural, com a alternância nos
cargos dos poderes Executivo e Legislativo, de modo a guardar o princípio da
alternância no regime democrático.
Quando o
Presidencialismo anula outros poderes, notadamente o Judiciário e o
Legislativo, o mandonismo vigora alimentando a desorganização do estado e o esgarçamento
do tecido social, de modo a que um estado de anomia e anarquia acabe prevalecendo.
Isso sempre acontece quando não há renovação nos quadros dirigentes.
O estado do
Piauí durante várias décadas foi governado por uma elite econômica e social que
se alternava no poder, que se dividia para que o poder não fugisse das suas
mãos e que apostava e investia na ignorância de uma plebe ignara; de quem se
servia como massa de manobra para se manter indefinidamente no poder.
Ai veio uma
onda vermelha que trazia boas novas, que prometia romper com o atraso secular
de um estado que sempre foi visto como o último vagão da locomotiva chamada
Brasil, mas, a promessa de boas novas e de mudança radical no fazer político
piauiense não se cumpriu com o advento do Partido dos Trabalhadores (PT) ao
poder - e hoje já passado quase duas décadas dessa “mudança”, o Piauí cresceu
como rabo de cavalo para baixo e o objeto da mudança, acabou incorporando
valores antigos e este estado ao invés de avançar em direção ao crescimento e ao
desenvolvimento, continuou patinando no atraso e no subdesenvolvimento.
Nas últimas
três décadas, o estado do Piauí experimentou um crescimento espetacular em dois
setores estratégicos: nas áreas da educação e da saúde, mas insuficiente para fazer
com que este estado chame a atenção do resto do país.
Triste sina
esta nossa de povo abandonado, esquecido e invisível.
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