quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

A política nacional envelheceu e está bolorenta



Já existe uma consciência nacional de que é preciso renovar o nosso espectro político e que não há esperança de mudança, pra melhor é claro, com a nossa classe política que está no poder.

Essa consciência existe, mas como mudar ou renovar a política brasileira, se não existe no nosso horizonte, nenhuma liderança jovem com o perfil de estadista, de alguém com capacidade para liderar um processo de mudança radical, capaz de promover uma ruptura com o velho, o antigo e com os caciques e os coronéis da política nacional?

O Congresso Nacional, as assembleias estaduais e as câmaras municipais, a cada nova eleição trocam de caras, mas não trocam de DNA, pois ocorre que essa troca, via de regra, se dá no âmbito familiar, com o filho do senador tal e o filho do deputado tal, substituindo seus pais no Senado, na Câmara Federal, na Assembleia Legislativa e na Câmara municipal. Esse fenômeno se dá na forma da troca de seis por meia dúzia. O que significa dizer que tudo vai permanecer como antes no quartel de Abrantes, eleição após eleição.

Não é preciso ser um cientista político, sociólogo ou um jornalista político, para entender que dessa forma não acontece mudança de verdade. Mudança de conteúdo e de propósitos.

Agora, o é que mais desanimador é chegarmos à conclusão definitiva de que não existe mudança possível com políticos viciados em poder, pragmáticos e fisiologistas.

Querem um exemplo prático de como é a política nacional? É fácil explicar dando um exemplo: não vamos longe e nem buscar um exemplo no passado, basta conhecer a trajetória política da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do mensaleiro e ex-deputado federal Roberto Jefferson, que por se considerar impedido pela Lei da Ficha Limpa, lançou sua filha como candidata a deputada federal, para ocupar o seu lugar no Poder Legislativo federal. O resto dessa história o país inteiro conhece.  

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