quinta-feira, 8 de março de 2018

O lento processo emancipatório da mulher



Nas sociedades subdesenvolvidas, as mulheres pobres funcionam como muletas, soníferos e tranquilizantes para homens velhos. Essas são as mulheres cuidadoras, via de regra, mulheres jovens que se casam ou se amancebam, por extrema necessidade, com homens idosos para os quais elas não passam de acompanhantes de luxo. Essas mulheres pagam um preço muito alto por serem obrigadas a dormir e acordar ao lado de verdadeiros fardos humanos. Geralmente, homens com idades muito avançadas e que perderam os seus filhos, ex-mulheres e até parentes próximos. Mulheres que se submetem a esse tipo de serviço, não tem dignidade e amor próprio. O dependente é lógico, não tem do que reclamar, porque ele paga pelos serviços prestados e ainda goza da companhia de uma mulher jovem. A mulher politicamente consciente e que tem dignidade não se submete a ser depósito de esperma e muleta de homens. Para as mulheres cuidadoras só existe salvação e redenção no feminismo”. (Tomazia Arouche)

Neste dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, existe motivos para que as mulheres comemorem ou é mais um dia dedicado à reflexão e sua conscientização? A segunda hipótese parece ser a mais verdadeira, sobretudo, nos países atrasados e subdesenvolvidos, onde as mulheres ainda são usadas como objetos de prazer, objetos decorativos e um ser despersonalizado.

Muito já se escreveu sobre o processo emancipatório da mulher, mas ninguém, conseguiu escrever com mais propriedade sobre a luta da mulher em todo mundo - em defesa dos seus direitos civis, como a escritora e militante feminista, a norte-americana Ângela Davis que colocou na pauta de discussão dos direitos das mulheres, assuntos considerados tabus até então, como o aborto, dupla jornada de trabalho, isonomia salarial e estrupo.  A propósito, o ato sexual quando praticado de maneira não consensual, acaba sendo um estrupo.

Embora as mulheres a partir da segunda metade do século XX tenham conseguido avançar na sua luta pela sua emancipação política, ainda há um longo caminho a percorrer, com efeito, as mulheres ainda são sacrificadas numa sociedade predominantemente machista, onde as mulheres continuam enfrentando uma dupla jornada de trabalho, sendo estupradas até mesmo no ambiente doméstico, toda vez que se negam a fazerem amor com os seus maridos ou amantes e percebem salários menores. O feminicídio, via de regra, é uma consequência da rejeição dos homens pelas mulheres que não aceitam serem usadas pelos seus companheiros.   

A maternidade continua sendo um problema muito sério para as mulheres, uma vez que o mercado de trabalho descarta mulheres gravidas e até mesmo mulheres casadas que em tese podem engravidar a qualquer momento. Isso é um fator de discriminação no mercado de trabalho.

Nos últimos nove anos consecutivos, a Islândia tem liderado o ranking do Fórum Econômico Mundial sobre os países onde há mais igualdade de gênero - atrás dos islandeses estão Noruega, Finlândia, Ruanda e Suécia.

A Islândia é o país com o índice mais alto de igualdade de gênero do mundo, de acordo com o ranking do Fórum Econômico Mundial de 2015.

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