A política do pão e circo é comumente usada pelos governantes,
desde Otavio Augusto no Império Romano, para que a situação de exclusão e
desigualdade não acabasse determinando a realização de revoltas e convulsões
sociais.
Segundo os historiadores e cientistas políticos, o futebol no
Brasil vem sendo usado desde a ditadura militar para aliviar as tensões sociais
e desviar a atenção do povo brasileiro da realidade aviltante. Não é à toa que
o futebol, uma paixão nacional, recebe das nossas autoridades governamentais,
uma atenção especial, o que permite o endividamento dos grandes clubes
brasileiros - que vira e mexe estão sendo socorridos pelo governo federal.
No interior do país, lá onde a miséria campeia e o povo vive de
esmolas, não existem recursos para a construção de obras, para investimentos em
educação, saúde e infraestrutura, mas não falta dinheiro para o patrocínio de
festas que acontecem o ano inteiro. É a festa do padroeiro (a), é a festa do
aniversário da cidade, é a festa junina, é o carnaval e o carnaval fora de época.
A campanha eleitoral também se transforma numa grande e longa
festa, com as prefeituras, via de regra, patrocinando quermesses, torneios de
futebol, festa de Santo Antônio, São Raimundo Nonato, São João, São Pedro, São
Marçal, Divino Espírito Santo, Bom Jesus do Quero Quero, do Bom Pastor, festa
de Reis, Roda de São Gonçalo, do Cristo Redentor Nosso, Bom Jesus da Lapa Larga
e etc.
O governo de Roma realizava grandes espetáculos, nos quais a
população plebeia (pobre) gastava parte de seu tempo assistindo a disputas
esportivas e a lutas entre os gladiadores. Durante a mesma ocasião, alimentos e
trigo eram fartamente distribuídos para a população menos favorecida.
Diferentemente da prática romana, a população plebeia (pobre) brasileira,
sobretudo dos municípios nordestinos, o povo pobre canta e dança de barriga
vazia. Para a patuleia nordestina, o show e a dança são mais importantes do que
o arroz e o feijão.
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