Os arrastões que se pensava
estivessem restritos (limitados) às praias
e aos Shopping Centers das capitais e
das grandes cidades brasileiras, eis que de repente, esse fenômeno acontece no longínquo
município de Dom Inocêncio, distante 620 km da capital do estado do Piauí e com
um destacamento de apenas cinco policiais. Ocorre que num curto espaço de
tempo, já foram registrados dois arrastões nas estradas que ligam esse
município piauiense aos municípios do vizinho estado da Bahia.
Esses arrastões que
aconteceram recentemente no município de Dom Inocêncio, assim como os dois assaltos
simultâneos às agências do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e do Banco do
Brasil (BB) no município de Oeiras no último dia 2 de agosto, refletem a onda de
violência e insegurança que tomou conta do estado do Piauí. Um estado onde
ninguém vive em segurança, principalmente os empresários.
A violência aumenta a cada dia no estado do Piauí em função de
dois fatores: 1º - Contingente pequeno para atender a uma grande demanda. 2º - A
falta de investimentos em tecnologia para uso do serviço de inteligência. Um
serviço que se existe na Polícia Civil do estado do Piauí não apresenta
resultados satisfatórios, uma vez que o policiamento ostensivo e repressivo da
Polícia Miliar, via de regra, só chega atrasado. O que é bastante natural,
porque a Polícia Militar não trabalha com entidades mediúnicas. O serviço de inteligência
de qualquer polícia civil, funciona como um policiamento preventivo.
É triste constatar que as populações, sobretudo, dos municípios
menores e mais distantes da capital do estado do Piauí são mais vulneráveis e
estão a mercê da ação de bandidos, que em alguns casos agem com armas e
veículos mais potentes do que o aparato policial.
A população de Dom Inocêncio está entregue à sua própria sorte. Lamentamos
admitir isso, mas essa é a triste realidade.
Diante desse estado de violência, as prefeituras pouco ou quase
nada podem fazer pela segurança dos seus munícipes. Segurança pública, só o
estado pode oferecer.
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