O ex-juiz federal, caso falhe no seu projeto político como
ministro de um governo que vai começar, com os olhos da nação, todos voltados para
um governo que criou muita expectativa numa população sequiosa por uma profunda
transformação na sociedade brasileira, lhe restará três opções: 1) voltar a ser
professor universitário; 2) montar uma banca advocatícia e 3) se preparar para
ingressar na política partidária, candidatando-se ao governo do seu estado ou a
uma vaga no parlamento federal. Muitos juízes federais e estaduais, já fizeram
uma opção pela política partidária. Uns se deram bem, como o ex-juiz federal e
atual governador do estado do Maranhão Flávio Dino. Quem também tentou sem sucesso
até aqui, fazer carreira política, foi o ex-juiz estadual e um dos coordenadores
do Movimento Contra a Corrupção Eleitoral (MCCE), Marlon Jacinto Reis (foto)ao
candidatar-se ao governo do seu estado de origem, o Tocantins.
Os
congressistas estão indóceis
Pelo menos até aqui a política do toma lá dá cá e do é dando que
se recebe não vem prosperando na montagem do governo Jair Bolsonaro que começa
no mês janeiro de 2019. Com a metade dos nomes escolhidos sem oriundos da
caserna, deputados e senadores não vem tendo espaço para imporem suas vontades,
até porque, quase a metade dos novos congressistas são marinheiros de primeira
viagem e no novo Congresso Nacional não existe nenhum nome com capacidade para
impor a velha política. Os remanescentes que desempenharam papéis de lideranças
nos governos Lula, Dilma e Temer – são todos políticos com contas pendências
judiciais. O senador reeleito Renan Calheiros (MDB-AL) é um deles.
Uma reforma
sempre ignorada e adiada
No Brasil há quase um consenso sobre a necessidade de ser feita
uma reforma política - que possibilite ao país se livrar de uma política
arcaica, viciada e formada por coronéis da política. Com a assunção do Partido
dos Trabalhadores (PT) ao poder, esperava-se que uma das primeiras medidas a serem
adotadas presidente da república Luís Inácio Lula da Silva, seria fazer uma
reforma política capaz de acabar com a politicagem, com o clientelismo e o
assistencialismo político, o que acabou não acontecendo, nem sob Lula e nem sob
Dilma Rousseff. Até aqui, o presidente eleito Jair Messias Bolsonaro vem
tratando esse tema com uma indiferença olímpica. Por que que os presidentes da
república tratam com desinteresse um assunto da maior importância e relevância?
Porque o desejo deles se manterem indefinidamente no poder é muito mais
interessante, pra eles é claro!
Siga os blogs Diário do Homem Americano e Dom Severino no Twitter, no Facebook e no Google.
Nenhum comentário:
Postar um comentário