terça-feira, 27 de novembro de 2018

Leitura dinâmica


O ex-juiz federal, caso falhe no seu projeto político como ministro de um governo que vai começar, com os olhos da nação, todos voltados para um governo que criou muita expectativa numa população sequiosa por uma profunda transformação na sociedade brasileira, lhe restará três opções: 1) voltar a ser professor universitário; 2) montar uma banca advocatícia e 3) se preparar para ingressar na política partidária, candidatando-se ao governo do seu estado ou a uma vaga no parlamento federal. Muitos juízes federais e estaduais, já fizeram uma opção pela política partidária. Uns se deram bem, como o ex-juiz federal e atual governador do estado do Maranhão Flávio Dino. Quem também tentou sem sucesso até aqui, fazer carreira política, foi o ex-juiz estadual e um dos coordenadores do Movimento Contra a Corrupção Eleitoral (MCCE), Marlon Jacinto Reis (foto)ao candidatar-se ao governo do seu estado de origem, o Tocantins.

Os congressistas estão indóceis

Pelo menos até aqui a política do toma lá dá cá e do é dando que se recebe não vem prosperando na montagem do governo Jair Bolsonaro que começa no mês janeiro de 2019. Com a metade dos nomes escolhidos sem oriundos da caserna, deputados e senadores não vem tendo espaço para imporem suas vontades, até porque, quase a metade dos novos congressistas são marinheiros de primeira viagem e no novo Congresso Nacional não existe nenhum nome com capacidade para impor a velha política. Os remanescentes que desempenharam papéis de lideranças nos governos Lula, Dilma e Temer – são todos políticos com contas pendências judiciais. O senador reeleito Renan Calheiros (MDB-AL) é um deles.  

Uma reforma sempre ignorada e adiada

No Brasil há quase um consenso sobre a necessidade de ser feita uma reforma política - que possibilite ao país se livrar de uma política arcaica, viciada e formada por coronéis da política. Com a assunção do Partido dos Trabalhadores (PT) ao poder, esperava-se que uma das primeiras medidas a serem adotadas presidente da república Luís Inácio Lula da Silva, seria fazer uma reforma política capaz de acabar com a politicagem, com o clientelismo e o assistencialismo político, o que acabou não acontecendo, nem sob Lula e nem sob Dilma Rousseff. Até aqui, o presidente eleito Jair Messias Bolsonaro vem tratando esse tema com uma indiferença olímpica. Por que que os presidentes da república tratam com desinteresse um assunto da maior importância e relevância? Porque o desejo deles se manterem indefinidamente no poder é muito mais interessante, pra eles é claro!  


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