“A religião é a mais perversa invenção do homem, porque foi inventada
pelos poderosos para subjugá-lo, para submete-lo aos seus caprichos e vontades,
além é claro, de despersonalizá-lo. O medo que é o mais poderoso instrumento de
convencimento e conversão usado pelas religiões monoteístas torna o homem
medroso, temente a tudo, sem vontade própria, sem capacidade para desenvolver
um pensamento lógico; preso às crenças, preconceitos e coisas que não fazem sentido
algum. Essa coisa da existência do sobrenatural e da vida após à morte - são
coisas inventadas e criadas para justificar a existência de um deus que faz
parte de uma obra de ficção. A religião submete o homem às mentiras inventadas
e constantes na Bíblia, a começar pelo livro de Genesis que aborda a criação do
mundo em sete dias. Qualquer pessoa minimamente inteligente que leia a Bíblia
com uma visão crítica, logo conclui que as histórias bíblicas não se sustentam
e que são de uma narrativa pobre e que só a fé justifica a crença em histórias incompreensíveis
e completamente sem nexo. A religião só faz sentido para as pessoas fragilizadas,
incultas e com baixa ou nenhuma escolaridade. Que deus é esse que permite que
os seus filhos “amados” padeçam de fome, frio, doenças as mais cruéis e da
violência do homem contra o próprio homem? Só um deus masoquista permite aos seus
filhos pobres sofrerem o flagelo da seca impiedosa, da falta de moradia, do desemprego
e da desassistência médica. Numa palavra, a religião só vale conforto. Essa é a
sua maior virtude. A religião nos tempos atuais é um grande nicho de mercado.”
(Tomazia Arouche)
“Adão e Eva podiam não pecar, pois foram criados livres, mas preferiram
o vício à virtude. Assim pode-se pedir-lhes prestação de contas. Até mesmo fazê-los
pagar. E Deus não deixa de fazê-lo, condenando-os, eles e seus descendentes, ao
pudor, à vergonha, ao trabalho, ao parto com dor, ao sofrimento, ao
envelhecimento, à submissão das mulheres aos homens, à dificuldade e toda
intersubjetividade a assexuada.” (Michel
Onfrey)
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