A Alemanha voltou a rever em baixa as previsões de
crescimento para 2019, um sinal de alarme para o governo de Angela Merkel. A
chanceler apela aos parceiros econômicos para deixarem de se repousar nos
resultados dos anos dourados da última década.
O ministro da economia, Peter Altmaier,
desdramatiza embora reconheça que é preciso estimular o crescimento:
"Esperamos um crescimento econômico lento, mas sólido. Estamos convencidos
de que esse crescimento continuará este ano, mas não é suficiente para refletir
as necessidades de uma economia moderna e eficiente. Devemos, portanto, falar
sobre a forma como podemos estimular e reforçar esse crescimento, para além do
nível normal ".
A economia alemã foi afetada pela seca de 2018 que
atingiu o setor estratégico da química, e pelas novas normas europeias
antipoluição que recaíram sobre o setor automóvel.
A economia inglesa mergulhada o caos do Brexit, vem apresentando um crescimento
pífio, com a taxa de crescimento, mais baixa desde 1975. Este cenário
explica-se pela perda de dinamismo do lado do consumo naquela que é a quinta
maior economia do mundo e pela flexibilidade das leis laborais.
Por outro lado, no quadro dos indicadores a longo
prazo, os investimentos em tecnologia e equipamentos caíram acentuadamente em
relação a 2018.
Nesse cenário de desaceleração da economia mundial,
o Brasil não tem melhor sorte, uma vez que o desemprego formal gira em torno de
13 milhões de trabalhadores sem emprego e desesperançados de que voltem ao
mercado de trabalho formal.
O ministro da Economia Paulo Guedes investiu todas
as suas fichas na reforma previdenciária, como sendo capaz de resolver no país
o problema do desemprego estrutural que independe de qualquer tipo de reforma,
seja ela previdenciária, reforma tributária ou até mesmo política,
porque ela se dá em função da elevada utilização da mecanização e da
automatização da indústria que reduz os postos de trabalho.
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