Jared Kushner apresentou, na conferência econômica
do Bahrein, o plano da administração Trump para a solução dos problemas do
Médio Oriente. "Paz para a prosperidade" é o nome da mais recente
fórmula norte-americana para o desenvolvimento da região.
O plano visa ajudar os palestinos, o Egito, a
Jordânia e o Líbano, através da doação de 50 mil milhões de dólares, quase 44
mil milhões de euros financiados sobretudo pela Arábia Saudita e os Emirados
Árabes Unidos. Para os Estados Unidos, é a "oportunidade do século"
para a paz. No entanto, a estratégia econômica de Washington não explica como
pretende parar com os conflitos políticos israelense-árabe.
De acordo com o conselheiro da Casa Branca,
"por demasiado tempo, o povo palestino ficou preso a um modelo ineficiente
do passado. A visão da Paz para a Prosperidade é um modelo moderno para um
futuro mais brilhante e próspero. É uma visão do que é possível com paz."
Jared Kushner prometeu ainda esclarecer esta
quarta-feira a questão dos direitos de propriedade. "Um componente
essencial", diz a administração Trump, para que as pessoas consigam
empréstimos e possam investir. Assim que haja um "ambiente de negócios
melhor".
A Autoridade Palestina boicotou a conferência em
protesto contra o que considera ser uma abordagem econômica inoportuna por não
resolver as questões políticas.
Para o líder do Hamas, Ismael Haniyeh, "o 'Acordo do Século', pretende fazer três
coisas: primeiro, acabar com a causa palestina; segundo, dar luz verde ao
inimigo sionista para expandir a ocupação e o controle sobre toda a
Cisjordânia; terceiro, abrir a porta para a normalização entre os países árabes
e o ocupante".
Em resposta ao plano apresentado pelos Estados
Unidos, as manifestações na Cisjordânia subiram de tom. Os palestinos saíram às
ruas e em confronto com soldados israelitas, protestaram contra o que
consideram ser um favorecimento injusto de Israel e a tentativa de evitar a
criação de um estado palestino. Com Euronews
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