quarta-feira, 26 de junho de 2019

Os EUA têm que deixar de se considerar juiz e palmatória do mundo


Jared Kushner apresentou, na conferência econômica do Bahrein, o plano da administração Trump para a solução dos problemas do Médio Oriente. "Paz para a prosperidade" é o nome da mais recente fórmula norte-americana para o desenvolvimento da região.

O plano visa ajudar os palestinos, o Egito, a Jordânia e o Líbano, através da doação de 50 mil milhões de dólares, quase 44 mil milhões de euros financiados sobretudo pela Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos. Para os Estados Unidos, é a "oportunidade do século" para a paz. No entanto, a estratégia econômica de Washington não explica como pretende parar com os conflitos políticos israelense-árabe.

De acordo com o conselheiro da Casa Branca, "por demasiado tempo, o povo palestino ficou preso a um modelo ineficiente do passado. A visão da Paz para a Prosperidade é um modelo moderno para um futuro mais brilhante e próspero. É uma visão do que é possível com paz."

Jared Kushner prometeu ainda esclarecer esta quarta-feira a questão dos direitos de propriedade. "Um componente essencial", diz a administração Trump, para que as pessoas consigam empréstimos e possam investir. Assim que haja um "ambiente de negócios melhor".

A Autoridade Palestina boicotou a conferência em protesto contra o que considera ser uma abordagem econômica inoportuna por não resolver as questões políticas.

Para o líder do Hamas, Ismael Haniyeh, "o 'Acordo do Século', pretende fazer três coisas: primeiro, acabar com a causa palestina; segundo, dar luz verde ao inimigo sionista para expandir a ocupação e o controle sobre toda a Cisjordânia; terceiro, abrir a porta para a normalização entre os países árabes e o ocupante".

Em resposta ao plano apresentado pelos Estados Unidos, as manifestações na Cisjordânia subiram de tom. Os palestinos saíram às ruas e em confronto com soldados israelitas, protestaram contra o que consideram ser um favorecimento injusto de Israel e a tentativa de evitar a criação de um estado palestino. Com Euronews

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