sábado, 10 de agosto de 2019

Putin há 20 anos no Poder


No dia 9 de agosto de 1999, Vladimir Putin foi nomeado primeiro-ministro interino da Federação Russa. Em 31 de dezembro Boris Yeltsin renunciou à presidência e, em março de 2000, Putin foi eleito presidente.

Chegou ao poder na sequência da Segunda Guerra da Chechênia. Além da situação explosiva no Cáucaso, o primeiro mandato de foi marcado por uma série de tragédias de escala nacional: o naufrágio do submarino "Kursk" e os ataques terroristas em Beslan e Moscou.

Durante o seu primeiro mandato deixou claro a sua intenção de criar um poder central mais forte. Unificou as leis de todo o país, forçando as repúblicas a modificar ou suprimir a legislação que não estava em sintonia com as leis federais.

Em 2004, com 51 anos, Putin assumiu o segundo mandato com um discurso patriótico no qual pediu aos cidadãos para ajudarem o presidente a "confirmar a grandeza" da Rússia.

Em 2007, na Conferência sobre Segurança em Munique, fez um discurso que para muitos analistas foi histórico. Sublinhou a importância da política externa independente de Moscou e criticou o que chamou de “domínio monopolista” dos Estados Unidos nas relações globais.

No final da década de 2000, a Rússia viveu um período de crescimento econômico, graças às receitas das exportações de petróleo e gás. Todos os sucessos no país foram associados ao presidente que em 2008, de acordo com a Constituição e depois de dois mandatos presidenciais consecutivos, foi obrigado a renunciar ao cargo. No dia seguinte a ser eleito como presidente, Dimitri Medvedev escolheu Putin como primeiro-ministro.

Em 2012, com as consequências da crise global, o bom desempenho econômico da Rússia abrandou. No entanto, no contexto de uma situação internacional muita tensa - com a revolta nos países árabes e a guerra na Síria - a liderança política de Putin foi se consolidando. Atingiu o auge depois da revolução na Ucrânia.

Os eleitores russos saudaram o que Moscou definiu como o "esperado regresso da Crimeia". O fato das acões da Rússia serem chamadas por muitos países de “agressão” e “anexação” fortaleceu os apoiantes de Putin, convencidos de que o Ocidente travava uma guerra contra o país.

O êxito visível na política externa foi acompanhado pelo declínio da situação econômica mas, em 2018, Putin ganhou as eleições presidenciais com uma votação recorde 76% dos votos.

Logo depois das eleições, protestos em massa varreram o país. A polêmica com a reforma das pensões juntou-se à insatisfação geral com o declínio do nível de vida. Com Euronews

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