“Não, nunca pensei que isso fosse acontecer, nem durante a presidência de Trump. Nunca imaginei que ele se recusasse a reconhecer a derrota e tentasse continuar a governar os Estados Unidos como se fosse um ditador. Para mim, é inconcebível alguém desafiar resultados que foram comprovados pelas autoridades, tanto republicanas como democratas, por juízes apontados por republicanos e democratas e inclusive juízes nomeados pelo próprio Donald Trump”. (Michael Rezendes, jornalista vencedor do prêmio Pulitzer)
Já foi dito aqui neste espaço que o presidente Donald Trump tem vocação para ditador. Uma opinião com a qual comunga um dos mais respeitados e admirados jornalistas investigativos dos EUA. A insistência de Trump em querer desmoralizar o modelo de eleição norte-americano é uma invenção de uma mente insana que criou um mundo paralelo, onde ele só consegue enxergar sua realidade e aquilo que lhe interessa. Indo contra todas as evidências, Donald Trump entra para a história do seu país como o político mais bizarro, como um pária mundial e alguém que apostou em desacreditar a democracia norte-americana. A história não lhe absolverá!
Bolsonaro ainda não reconheceu a vitória de Joe Biden
Até o presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, já se rendeu a realidade que é a vitória insofismável do democrata Joe Biden. O único presidente de um país que se mantém fiel e acredita ainda numa reviravolta na eleição norte-americana é o presidente Jair Messias. Um fã incondicional de Donald Trump e seguidor da seita liderada pelo ainda presidente dos EUA. Com esse seu posicionamento quem perde é a nação brasileira que não terá sob o governo Joe Biden, um parceiro na luta do governo brasileiro para ingresso na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Brasil que já não conta com o apoio de países como a França e Alemanha para a formalização do tratado de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE). O Brasil sob Bolsonaro está cada vez mais isolado do mundo rico e civilizado.
Um Poder Legislativo independente
No Brasil, o Poder Legislativo não passa de uma força auxiliar do Poder Executivo que não tem nenhum pudor em interferir no comando das duas casas do Congresso Nacional. Daí o interesse do presidente da república em apoiar um candidato que aceite ser manobrado e manipulado por Sua Excelência, o presidente da república. Sempre foi assim e tudo sugere que a independência do Poder Legislativo não passa de uma letra morta da Constituição Federal. Em países minimamente sérios como os EUA, juízes e ministros da Suprema Corte atuam com independência, embora tenham sido escolhidos pelo presidente da república. Agora, juízes e ministros nomeados por Donald Trump votaram contra os seus interesses não legítimos, mas em favor da democracia. Isso é um país ao contrário do Brasil que não passa de um ajuntamento.
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